ANTÓNIO BRACONS, INGENIUM

Exposição integrada na 10.ª edição do iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes, patente no salão dos Bombeiros Voluntários de Avintes, de 29 de abril a 31 de maio de 2023.

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Partilho hoje a minha participação no iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes, com a série “Ingenium”, do livro homónimo.

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Agrada-me a palavra ‘engenharia’ e o que ela representa: não saias de um sítio sem deixares algo atrás de ti.

Gonçalo M. Tavares, Os Herdeiros de Saramago, 2000

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Há muito se sabe, aliás, que todas as invenções materiais são uma forma de dar razão à imaginação; e aqui o dar razão pode ser entendido à letra: é dar racionalidade ao que parece irracional. Mais do que isso: dar materialidade ao imaterial: pôr tijolos no espaço das ideias. Engenharia: filha da imagem.

Gonçalo M. Tavares, Atlas do Corpo e da Imaginação, 2013

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Este sentir, apesar de não ser exclusivo da engenharia, mas de qualquer processo criativo, tocou-me, pois tenho formação em engenharia civil e trabalho nessa área.

Ingenium. Engenho. Engenharia.

Desde sempre o homem procurou técnicas para conseguir o que precisava: as habitações, para abrigar a família; as muralhas, castelos e fortes, para garantir a sua segurança e se defender; os templos, locais de culto e devoção; as pontes, para atravessar os rios – para falarmos apenas de alguma construção. “A necessidade aguça o engenho”, diz o dito popular e assim é: a procura de soluções é constante. O desenvolvimento tecnológico, de materiais e informático, leva a um desenvolvimento constante, à resolução de problemas antes insolúveis.

Se é verdade que a engenharia está sempre presente em qualquer obra, há algumas de significativa complexidade técnica, nas quais o engenho se supera, aplicando soluções complexas ou buscando novas soluções e novos métodos de cálculo.

Como engenheiro civil, nos primeiros anos de trabalho, estive ligado a algumas obras de significativa complexidade técnica, nas quais a engenharia tem um papel essencial.

“Ingenium” é um olhar sobre estas obras e, ao mesmo tempo, sobre o papel fundamental da engenharia.

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António Bracons, Ingenium, 1992-1994 / 2021

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António Bracons, Aspetos da exposição, 04.2023

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A exposição “Ingenium”, de António Bracons, integra a 10.ª edição do iNstantes – Festival Internacional de Fotografia de Avintes, está patente no salão dos Bombeiros Voluntários de Avintes, de 29 de abril a 31 de maio de 2023.

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Fernando Curado Matos, António Bracons a apresentar “Ingenium”, 04.2023

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António Bracons. Nasceu em Leiria, em 1965. É licenciado em Engenharia Civil, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Vive em Odivelas.

A fotografia é, desde sempre, um fascínio.

Depois do Curso de Iniciação, no Centro de Estudos de Fotografia da A.A.C., em Coimbra (1984/85), fez a pós-graduação em Estudos de Fotografia, no IADE, em Lisboa (2002/03) e a Escola Informal de Fotografia, sob orientação de Susana Paiva (2020/2021/2022).

É em Coimbra que edita as suas primeiras publicações: os portfólios “De Noite e Ao Amanhecer” (1990), “Alguns Passos na Alta de Coimbra” (1990) e “Pombal” (1991); a Universidade de Coimbra publica “O Olhar de D. João” (1997). Realizou diversas exposições individuais e coletivas e publicou os livros “Sobre o Silêncio” (2020) e “Ingenium” (2022).

É autor e editor deste blogue.

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Sobre o livro “Ingenium”, no FF, aqui.

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Pode conhecer melhor a obra de António Bracons no FF, aqui (obra) e aqui (cv).

A Agenda das exposições e eventos do iNstantes, no FF, aqui.

Mais informação sobre o Festival iNstantes aqui.

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