A TÉCNICA (CIT.), ALBERT RENGER-PATZSCH

51 anos da morte de Albert Renger-Patzsch (Wurtzburgo, Alemanha, 22 de junho de 1897 – Soest, Alemanha, 27 de setembro de 1966)

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A técnica não precisa ser interpretada. Ela interpreta-se a ela própria. É preciso escolher os objetos certos e concentrar-se precisamente neles e eles vão contar as suas próprias histórias.”

Albert Renger-Patzsch

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Albert Renger Patzsch Fichten im winter 1956

Albert Renger Patzsch, Fichten im winter [Abetos no Inverno], 1956

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Albert Renger-Patzsch nasceu em Würzburg, na Alemanha, a 22 de junho de 1897. – Wamel.

Estudou Química em Dresden, onde se iniciou na fotografia, de que veio a dar aulas na Folkwangschule de Essen. Especializou-se na fotografia publicitária e industrial, tendo publicado vários livros sobre o mundo técnico e industrial, a sua fotografia é objetiva e precisa, de grande exatidão e equilíbrio.

Está assim ligado à Nova Objetividade, movimento artístico surgido na Alemanha, nos princípios da década de 1920, como reação ao expressionismo. O movimento durou essencialmente até 1933, quando se deu a queda da República de Weimar e a tomada do poder pelo partido nazi. A Nova Objetividade destaca-se em obras de arte pictórica, literatura, música, arquitetura, fotografia e cinema.

Renger-Patzsch publicou vários livros: Die Welt der Pflanze (O Mundo das Plantas, 1924) Die Halligen (1927), sobre paisagens e gentes da ilha da Frísia oriental, e Die Welt ist schön (O mundo é belo, 1928), a sua obra mais conhecida.

Nesse mesmo ano, mudou-se para Essen, em Bad Harzburg, e criou uma câmara escura e estúdio nos Archives Folkwang, o arquivo fotográfico desta editora, onde recebeu arquitetos, industriais e editores.

Renger-Patzsch foi nomeado instrutor e chefe do departamento de fotografia pictórica da Folkwangschule em Essen, mas a atitude nazi perante as artes levou-o a sair ao fim de apenas dois semestres. Um bombardeamento durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944, destruiu a sua residência e a maior parte de seu arquivo no Folkwang.

Depois da Segunda Guerra Mundial retirou-se para Wamel, uma povoação perto de Soest, dedicando-se à fotografia de paisagem e de arquitetura, e onde veio a falecer em 27 de setembro de 1966.

Em 1993 teve lugar uma exposição retrospetiva do seu trabalho no Museu Ludwig de Colónia.

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