INÊS VENTURA, KINGS
Exposição em Leiria, no m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento, de 1 e junho a 31 de agosto de 2025.
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Sobre o projeto escreve a autora:
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“Sou feita e refeita continuamente. Pessoas diferentes retiram palavras diferentes de mim.“
Virginia Woolf
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KINGS é a segunda parte do projecto documental QUEENS, KINGS & QUEERS, com foco na presença dos Drag Kings na cena drag em Portugal. Tradicionalmente, a arte drag tem sido associada às Drag Queens, enquanto os Drag Kings — pessoas que performam masculinidade, incluindo mulheres e pessoas não binárias — permanecem pouco visíveis. Pese embora a sua invisibilidade histórica, consegue-se datar a primeira apresentação conhecida de personificação masculina durante a Dinastia Tang (618-907), e o filme “Le Duet d’Hamlet” (1900) transformou a história das artes, do cinema, da actuação e da própria performance de género quando Sarah Bernhardt assume o papel principal e interpreta o príncipe Hamlet. A actriz, pioneira na interpretação de papéis masculinos, foi uma das únicas a representar tanto Hamlet quanto Ophelia.
Em Portugal, os Drag Kings são ainda uma performance de nicho. Enquanto desbravam o seu caminho no mundo drag – e na sociedade em geral -, os performers apresentam-se como Kings & Queers, com performances politizadas, num manifesto claro contra a masculinidade tóxica, desafiando os papéis de género e o binarismo.
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Este projecto só é possível graças aos colectivos Kings of Kiteria e Queerasfuck.
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Drag Kings retratados: I. M. Dickless, Joaquim Fónix, Márcio de Gaya, Orlando, o Drag King, PatPat, Só Carlos, Xicão Xicano, The Vulnerable King.
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António Bracons, Aspetos da exposição, 2025
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A exposição de Inês Ventura, “Kings”, encontra-se em Leiria, no m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento, no Largo de S. Pedro, na Cerca do Castelo, de 1 e junho a 31 de agosto de 2025.
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Inês Ventura. Oeiras, 1984. Através de fotografia e de filme procura trabalhar questões sociais, antropológicas e psicológicas. Interessa-se em compreender de que forma é que estes meios podem ser, em si mesmo, uma forma de produção de conhecimento, e de que forma podem ter um lugar de voz em questões políticas.
O seu trabalho já foi exposto nos Maus Hábitos, Porto (2023), na XXIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira (2024), no m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento, na Casa do Comum e na Saatchi Gallery, Londres, como parte da International Photography Exhibition 166 da The Royal Photographic Society (2025).
Recebeu apoio do Programa de Apoio a Projectos da DGARTES – Artes Visuais 2023 para produzir o seu primeiro livro de fotografia QUEENS, KINGS & QUEERS, publicado em 2025.
Realizou a sua primeira curta-metragem documental na Guiné-Bissau, intitulada CONTRA A MARÉ (2024). a Menina do Mar (2025), filme-ensaio com as atletas de alta competição de natação sincronizada Beatriz Gonçalves e Cheila Vieira foi seleccionado na Open Call FUSO 2025, sendo exibido no MAAT Central.
Frequentou o Master em Fotografia Artística no IPCI (Instituto de Produção Cultural e Imagem), a Masterclass Narrativa 2022/2023 e actualmente a frequentar o Mestrado de Antropologia, especialização em Culturas Visuais, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2024/2026).
Tem apresentado o seu trabalho em várias exposições.
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Pode conhecer melhor o trabalho de Inês Ventura aqui.
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