RICARDO MOITA, CIMIANTO

Prémio Concelho de Vila Franca de Xira da BF24.

Integrou a exposição do Prémio da BF24 – Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, patente no Celeiro da Patriarcal, de 30 de novembro de 2024 a 19 de janeiro de 2025.

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A partir de Cimianto, uma abordagem fotográfica às antigas instalações da empresa com o mesmo nome, pretendo refletir não apenas sobre as causas ambientais inerentes à utilização do amianto, um componente altamente prejudicial à saúde humana, regularmente utilizado em construções durante largas décadas e que ainda hoje pode estar presente ao nosso redor sem que nos apercebamos, mas também questionar-me sobre temas como o tempo, o espaço e como estes os dois afetam as pessoas que neles habitam.

É possível ver aqui dois tempos claramente distintos e, ainda assim, sabendo que o espaço é o mesmo, não o parece. Concentro-me em pensar como o tempo tratou estes edifícios. Algumas coisas mantêm-se iguais, mas contam-nos histórias diferentes, interesso-me por explorar este jogo de significados e encontrar objetos que não sei o que são, nem para o que servem. Contudo, não procuro uma resposta para as minhas questões, encontro apenas várias possibilidades sem o desejo de obter qualquer certeza.

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Ricardo Moita, Cimianto

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A série de Ricardo Moita, “Cimianto”, Prémio Concelho de Vila Franca de Xira, do Prémio da BF24 – Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, integrou a exposição do Prémio, que esteve patente no Celeiro da Patriarcal, de 30 de novembro de 2024 a 19 de janeiro de 2025.

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Ricardo Moita 2003. É um recente fotógrafo e artista visual que atualmente vive no Porto. Frequenta o terceiro ano da Licenciatura em Fotografia na Escola Superior de Media Artes e Design, onde em paralelo, desenvolve pequenos projetos autorais que viajam entre trabalhos académicos e pessoais. Conta com uma exposição coletiva, Da exuberância à vulnerabilidade, 2024, no espaço G2 da ESMAD. Anteriormente, finalizou o ensino secundário em Comunicação Audiovisual, com especialização em fotografia na Escola Artística António Arroio.

A partir dos seus trabalhos pretende observar como é que as pessoas se inscrevem nos territórios que frequentam, esta noção de territorialidade e de descodificação paisagística são os assuntos que o levam a fotografar. Perceber como é que os espaços funcionam e como é que as pessoas o transformam e moldam, tem o objetivo de especular e criar um certo mistério à volta do seu desenvolvimento. Interessa-se também por perceber como todos estes fatores que lhe são dados permitem a identificação e caracterização de uma determinada cultura.

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Sobre a BF24 – Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, regista a organização:

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Trinta e cinco anos volvidos desde a sua criação, em 1989, a Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira afirma-se hoje, em 2024, como o mais antigo evento de premiação exclusivamente dedicado à cultura fotográfica no nosso país, ostentando por isso um histórico assinalável ao nível da promoção da prática fotográfica portuguesa.

Apontada desde o início à revelação de novos talentos na área da fotografia artística, a Bienal apresenta uma matriz que partiu da estreita relação com as instituições de ensino artístico no âmbito fotográfico, para se projetar hoje, cada vez mais, na atenção à iniciativa individual dos artistas que fazem uso da fotografia numa perspetiva abrangente e transdisciplinar. Defensora do valor da descoberta e da avaliação da experiência visual que designamos como “fotografia”, a Bienal continua apostada em celebrar a liberdade e a ousadia do processo criativo, empenhando-se na consolidação de um programa cuja amplitude, dividida entre a premiação (Patriarcal) e a ação curatorial (Fábrica das Palavras, Galeria Paulo Nunes – Arte Contemporânea, Museu do Neo-Realismo, Museu Municipal de Vila Franca de Xira, Núcleo Museológico do Mártir Santo e numa segunda fase no Celeiro da Patriarcal), assegura à nossa cidade um estatuto de referência, no que à prática da fotografia contemporânea diz respeito.

Procurando chegar a todos os públicos, a exposição dos trabalhos dos finalistas candidatos aos Prémios (Bienal de Fotografia, Concelho de VFX e Tauromaquia) apresenta-se como resultado de uma criteriosa seleção elaborada por um Júri de Nomeação, constituído por Sofia Nunes, Pauliana Valente Pimentel e Cláudio Garrudo. Por sua vez, os premiados surgiram da decisão do Júri de Premiação, constituído por Bruno Sequeira, Ana Anacleto, Isabel Nogueira, José Maçãs de Carvalho e David Santos. A qualidade de cada uma das exposições individuais agora apresentadas no espaço expositivo do Celeiro da Patriarcal tem a assinatura dos artistas selecionados: Alexandre de Magalhães, Bruno Parente, Catarina Cesário Jesus, Daniel Malhão, Filipe Bianchi, Gonçalo C. Silva, Jorge Vale, Marcos Duvágo, Pedro Rocha, Ricardo Moita, Rodrigo Vargas e Rui Pereira.

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A agenda da BF24, no FF, aqui. Mais informação sobre a BF24 aqui (site).

Sobre esta e outras edições da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, no FF, aqui.

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