FILIPE BIANCHI, JAMESTOWN: O RINGUE DA ESPERANÇA
Menção Honrosa da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira – BF24
Integra a exposição do Prémio da BF24, patente no Celeiro da Patriarcal, de 30 de novembro de 2024 a 19 de janeiro de 2025.
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Sob o sol escaldante de Acra, capital do Gana, ergue-se Jamestown, um bairro marcado pela história. Ruas estreitas e empoeiradas escondem memórias de séculos e guardam segredos de um passado turbulento.
Jamestown foi palco do abominável comércio de escravos. Esse comércio desapareceu, mas Jamestown resistiu. A comunidade uniu-se, construiu uma identidade própria e transformou o bairro num símbolo de resistência. No coração dessa comunidade pulsa um ritmo implacável: o ritmo do boxe, que bate como um coração rebelde.
Em Jamestown, o boxe não é apenas um desporto, é uma filosofia de vida. No ringue, não há espaço para desculpas ou fraquezas. É um campo de batalha onde cada soco representa a determinação de superar obstáculos e conquistar um futuro melhor.
Ali nasceram vários campeões que são fonte de inspiração, pois ergueram os punhos e desafiaram o destino, conquistando títulos e reconhecimento internacional. A sua história estimula os jovens a perseguir os seus sonhos, provando que a pobreza não é uma sentença definitiva.
Nos ginásios rudimentares os jovens aprendem não apenas a arte da luta, mas também a importância da disciplina, coragem e determinação.
Jamestown é um lugar de contrastes, onde o passado se entrelaça com o presente, a pobreza se confronta com a esperança e a força do boxe inspira os jovens a lutar pelos seus sonhos.
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Filipe Bianchi, Jamestown: o ringue da esperança
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A série de Filipe Bianchi, “Jamestown: o ringue da esperança”, Menção Honrosa da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira – BF24, integra a exposição do Prémio da BF24, patente no Celeiro da Patriarcal, de 30 de novembro de 2024 a 19 de janeiro de 2025.
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Filipe Bianchi. Nasceu em Lisboa, onde vive e trabalha.
Descobriu a fotografia durante o curso de Imagem e Comunicação Audiovisual da Escola António Arroio. Desde essa altura a fotografia esteve sempre presente na sua vida.
Nos primeiros anos trabalhou em estúdio, mas atualmente prefere fotografar no exterior a espontaneidade das interações humanas.
Focando-se principalmente em aspetos sociais e nas relações que as pessoas estabelecem entre si e com as comunidades onde se inserem. O seu trabalho explora a complexidade das relações sociais, as tradições e os desafios do mundo contemporâneo, promovendo o diálogo intercultural e a valorização da diversidade.
Tem trabalhos publicados em vários livros e revistas. Expõe regularmente em festivais de fotografia e galerias, tanto em Portugal como no estrangeiro.
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Sobre a BF24 – Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, regista a organização:
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Trinta e cinco anos volvidos desde a sua criação, em 1989, a Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira afirma-se hoje, em 2024, como o mais antigo evento de premiação exclusivamente dedicado à cultura fotográfica no nosso país, ostentando por isso um histórico assinalável ao nível da promoção da prática fotográfica portuguesa.
Apontada desde o início à revelação de novos talentos na área da fotografia artística, a Bienal apresenta uma matriz que partiu da estreita relação com as instituições de ensino artístico no âmbito fotográfico, para se projetar hoje, cada vez mais, na atenção à iniciativa individual dos artistas que fazem uso da fotografia numa perspetiva abrangente e transdisciplinar. Defensora do valor da descoberta e da avaliação da experiência visual que designamos como “fotografia”, a Bienal continua apostada em celebrar a liberdade e a ousadia do processo criativo, empenhando-se na consolidação de um programa cuja amplitude, dividida entre a premiação (Patriarcal) e a ação curatorial (Fábrica das Palavras, Galeria Paulo Nunes – Arte Contemporânea, Museu do Neo-Realismo, Museu Municipal de Vila Franca de Xira, Núcleo Museológico do Mártir Santo e numa segunda fase no Celeiro da Patriarcal), assegura à nossa cidade um estatuto de referência, no que à prática da fotografia contemporânea diz respeito.
Procurando chegar a todos os públicos, a exposição dos trabalhos dos finalistas candidatos aos Prémios (Bienal de Fotografia, Concelho de VFX e Tauromaquia) apresenta-se como resultado de uma criteriosa seleção elaborada por um Júri de Nomeação, constituído por Sofia Nunes, Pauliana Valente Pimentel e Cláudio Garrudo. Por sua vez, os premiados surgiram da decisão do Júri de Premiação, constituído por Bruno Sequeira, Ana Anacleto, Isabel Nogueira, José Maçãs de Carvalho e David Santos. A qualidade de cada uma das exposições individuais agora apresentadas no espaço expositivo do Celeiro da Patriarcal tem a assinatura dos artistas selecionados: Alexandre de Magalhães, Bruno Parente, Catarina Cesário Jesus, Daniel Malhão, Filipe Bianchi, Gonçalo C. Silva, Jorge Vale, Marcos Duvágo, Pedro Rocha, Ricardo Moita, Rodrigo Vargas e Rui Pereira.
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A agenda da BF24, no FF, aqui. Mais informação sobre a BF24 aqui (site).
Sobre esta e outras edições da Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, no FF, aqui.
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