A MULHER MARIA LAMAS

Exposição “As Mulheres de Maria Lamas”, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, de 26 de janeiro a 28 de maio de 2024.

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A riqueza da exposição “As Mulheres de Maria Lamas”, que a Fundação Calouste Gulbenkian acolhe, com a primorosa curadoria de Jorge Calado e o seu grande carinho por Maria Lamas, leva-nos a conhecer as suas fotografias originais (vintage), impressas então em pequeno formato, suficientes para uma seleção e para a publicação na sua obra magistral: “As Mulheres do Meu País”, imagens que Calado recolheu no espólio da autora, conservado na Biblioteca Nacional. Sobre estas imagens falámos há poucos dias.

Integra a exposição um significativo núcleo documental, fotográfico e de objetos, que, sem ser extenso (o espaço não o permite), nos ajuda a conhecer a autora.

Destaque para o seu retrato pintado por Júlio Pomar, em 1954, o busto em gesso, da autoria de Júlio de Sousa, de 1929 ou o seu ex-libris, desenhado por Júlio de Sousa, c. 1927, a sua caderneta escolar do ano letivo 1922/23 ou um seu passaporte.

Como objetos, um pequeno peixe em resina sintética que lhe foi oferecido por Chou-Hen-Lai, durante a visita à China, em 1957 ou o seu relógio-despertador de viagem, com estojo de pele, marca “Europa” e a sua máquina de escrever.

Além do catálogo da “Exposição de Livros Escritos por Mulheres” e um recorte do jornal “O Século” que dá conhecimento do “Encerramento do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas”.

Vemos alguns documentos: a sua caderneta escolar do ano letivo 1922/23 e um passaporte, bem como blocos de apontamentos das viagens que fez para a escrita do livro, uma folha do dossier com provas de gravuras do livro e um recorte do jornal “Folha da Manhã”, do Rio de Janeiro, de 04/11/0948, com uma crítica ao seu livro “As Mulheres do Meu País”.

Alguns títulos da sua vasta obra também estão patentes, como alguns dos livros infantis que escreveu: “O Vale dos Encantos”, assinado com o seu nome, ou “A Montanha Maravilhosa”, que assinou como Rosa Silvestre, 2 números dos três que saíram de “As 4 Estações”, algumas obras que traduziu: os juvenis “O Feiticeiro de Oz”, ou “David Copperfield”, “João que chora, João que ri” ou “O Pequeno Lord”, estes três da Coleção Azul, entre outros, para adultos, bem como as suas obras ”Arquipélago da Madeira”, “A Mulher no Mundo” e “O Mundo dos Deuses e dos Demónios”, além de “As Mulheres do Meu País”.

Integra ainda a exposição vários álbuns fotográficos e retratos seus.

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António Bracons, Aspetos da exposição, 2024

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A exposição “As Mulheres de Maria Lamas”, com curadoria de Jorge Calado, está patente na Fundação Calouste Gulbenkian, no Átrio Biblioteca de Arte Gulbenkian, na Av. de Berna, em Lisboa, de 26 de janeiro a 28 de maio de 2024.

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Catálogo da exposição, capa.

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Pode ler no FF, sobre Maria Lamas, aqui ; sobre o livro “As Mulheres do meu País”, aqui; sobre a vida de Maria Lamas, aqui. Sobre a exposição “As Mulheres de Maria Lamas”, que integra estas peças, aqui.

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