MARQUES VALENTIM, INGLÓRIA. UMA HISTÓRIA DO COLONIALISMO

Projeção, integrada na exposição colectiva “Valores de uma revolução”, no espaço CC11 @ Imago Garagem, em Lisboa, de 12 de abril a 12 de maio de 2024.

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Marques Valentim, fotojornalista, tem atualmente uma projeção e duas exposições em Lisboa.

A projeção, “Inglória. Uma história do colonialismo”, no espaço CC11 @ Imago Garagem, que hoje apresento, mostra cerca de uma centena de imagens captadas em Moçambique, no período de 1972 a 1974, durante o serviço militar, em que percorreu todo o território em serviço de reportagem fotográfica.

Fotografou as populações nativas e os ambientes naturais, as cidades, as grandes obras, os militares, a sua vivência e os exercícios, alguns cenários de guerra, foi testemunha privilegiada de visitas oficiais, eventos e cerimónias familiares, protocolares e militares.

É uma memória de Moçambique dos últimos tempos do colonialismo.

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Marques Valentim, Inglória, 1972 – 1974

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Esta projeção complementa a exposição colectiva “Valores de uma revolução” (sobre a qual falaremos em breve), com a participação de 98 autores, provenientes de diferentes gerações (nascidas entre 1934 e 2000), apresentada como um mural que resgata o espírito libertário da época, pretende envolver os visitantes numa viagem através dos ideais e legados deste momento histórico marcante para Portugal: a revolução de 25 de abril de 1974, cujos 50 anos se comemoram.

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António Bracons, Aspetos da projeção, 2024

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A projeção “Inglória. Uma história do colonialismo”, de Marques Valentim, integrada na exposição colectiva “Valores de uma revolução”, apresenta-se no espaço CC11 @ Imago Garagem, na R. do Vale de Santo António, 50 A, em Lisboa, de 12 de abril a 12 de maio de 2024.

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Marques Valentim expõe “E depois do Adeus” e “Insubmisso”, em Lisboa, na Galeria de Santa Maria Maior, na Rua da Madalena, 147, de 5 a 27 de abril de 2024. Em breve falarei destas exposições.

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Marques Valentim

Nascido em Cascais, a 1 de Agosto de 1949, Marques Valentim fez a sua comissão de serviço militar obrigatório em Moçambique, como furriel miliciano fotocine, após ter tirado em Lisboa o curso de Fotografia e Cinema, nos Serviços Cartográficos do Exército. Neste território africano, permaneceu durante 26 meses (1972/74), percorrendo-o de Norte a Sul em serviço de reportagem fotográfica.

De regresso Portugal e, logo após o 25 de Abril de 1974, surge no fotojornalismo iniciando o seu trabalho na Agência Europeia de Imprensa (A. E. I. – Notícias) onde cobre os principais acontecimentos que se deram no nosso País entre Setembro de 1974 e Agosto de 1975. A 1 de Setembro desse mesmo ano, iniciou oficialmente, a sua carreira de fotojornalista no diário “A Luta”, no qual permaneceu até à sua extinção, em Janeiro de 1979. Fez parte da equipa que lançou o “Correio da Manhã” – de 15 de Março de 79 a 15 de Setembro de 1979. Em Outubro de 1979 entrou para o “Portugal Hoje”, onde permaneceu até ao fim deste matutino (Julho de 1982). Em 1982, fez parte do grupo de jornalistas fundadores do Semanário Desportivo “Off-Side”, tendo, em 1983, recebido em serviço deste jornal o prémio Gandula (Revelação) de Wilson Brasil. Deixa, entretanto, o “Off-Side”, para entrar, em Outubro de 1983, na delegação de Lisboa do jornal “Comércio do Porto” onde permaneceu até Fevereiro de 1986. Em Março de 86 regressa aos quadros do “Correio da Manhã” onde desempenhou os cargos de repórter-fotográfico, sub-coordenador, tendo sido nomeado em Janeiro de 2002 para o cargo de Editor Fotográfico, função que desempenhou até 31 de Outubro de 2002, tendo sido como fotojornalista do “Correio da Manhã” que Marques Valentim realizou vários trabalhos de tauromaquia, tema que o entusiasmou e o levou a realizar diversas exposições.

Em 2001, recebeu uma menção honrosa da revista “Visão”, relacionada com o prestigiado concurso de fotojornalismo do mesmo nome, cuja foto premiada era sobre esta temática. Em 2001 é igualmente autor do cartaz da Feira Taurina de San Juan, em Badajoz. Colabora, actualmente, como freelancer, no Jornal “Bombeiros de Portugal”, e nas revistas “Segurança e Defesa” e “Saúde e Sociedade”, entre outras. Em 1998 participa no livro de Andrade Guerra, “João Moura – O Mito e as Efemérides”, comemorativo dos 20 anos de carreira deste cavaleiro. Em Dezembro de 2003, foi co-autor com Andrade Guerra e Isabel Trindade, do livro “Combatentes do Ultramar” tendo colaborado também, em 2005, no livro “A Dor da Nação”, de Andrade Guerra.

A 1 de Dezembro de 2009 foi lançado o livro “Cavaleiros – Heróis com Arte”, igualmente de Andrade Guerra e com imagens de sua autoria. Entre as várias exposições de fotografia que já realizou, destacamos a primeira – realizada em Lisboa no ano de 1994 – intitulada “Tauromaquia”, “E Depois do Adeus”, uma exposição documental de fotojornalismo, onde sobressaíam personalidades que marcaram a História recente, do nosso País, após o 25 de Abril de 1974.
A 10 de Março de 2012, Marques Valentim foi empossado como Embaixador para a Paz, pela Federação Internacional para a Paz e é membro da ALDCI – (Associação Lusófona para o Desenvolvimento, Cultura e Integração, ONG).

Marques Valentim já realizou cerca de meia centena de Exposições, não só em Portugal, como no estrangeiro.

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Pode conhecer mais sobre a obra de Marques Valentim, aqui.

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