DIDIER ROUGIER, MODERN TIMES. SOCIEDADE DE PORCELANAS DE COIMBRA, 2013
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Didier Rougier
Modern Times. Sociedade de Porcelanas de Coimbra
Fotografia: Didier Rougier
Coimbra: Edição do Autor / 2013
Português / 12,7 x 20,4 cm / 100 pp., não numeradas
Brochura
ISBN: 9789899840805
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“Modern Times é um projeto fotográfico baseado na exploração e aproveitamento de imagens obtidas em antigas fábricas desativadas na região de Coimbra.”
O autor não procura julgar ou denunciar ninguém. Pretendo apenas levar quem vê estas fotografias a “explorar um santuário dos tempos modernos… Não tentei escrever ou reinventar a história desses lugares, mas apenas lembrá-los…!”
Rougier percorre o espaço envolvente, entra na fábrica abandonada. Os vidros e caixilharias partidas, sinal imediato de abandono. Lá dentro, os restos de produções, de elementos de fabrico, embalagens… As suas imagens levam-nos a imaginar os dias de glória, de grande produção, de fervilhar de gente laboriosa, de entradas e saídas constantes de matérias-primas e produtos acabados. Algumas peças já nos passaram pelas mãos, temos em casa… Fazem parte dos Tempos Modernos.
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Este volume é sobre a Sociedade de Porcelanas de Coimbra. No site “Novo e velho”, lemos sobre a marca:
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A Sociedade de Porcelanas de Coimbra terá sido fundada em 1922. É conhecida pelo uso da marca Coimbra S.P, inicialmente o seu logótipo era um círculo cujas figuras centrais citavam as Armas da Cidade de Coimbra. Em 1936 devido a problemas económicos foi adquirida em parceria pela Vista Alegre e pela Electro-Cerâmica do Candal. No final dos anos 40, a Vista Alegre adquire também a Electro-Cerâmica do Candal, passando então a ser a única proprietária da Sociedade de Porcelanas de Coimbra, e anos mais tarde entra num período em que a fábrica usa as duas marcas nas suas peças. No entanto a sua produção mantêm-se independente da Vista Alegre.
SP teve sucesso na loiça utilitária (serviços de jantar e de chá) quer junto das empresas – hoteleira e de restauração -, quer a nível dos consumidores particulares. Produziu ainda alguma porcelana artística aproveitando os poucos pintores que conseguiu repescar nas outras fábricas já existentes.
O sucesso da porcelana em Portugal, especialmente a partir da II Guerra Mundial, tem a ver, por um lado, com o desenvolvimento industrial, e, por outro lado, com o forte aumento do consumo que se foi verificando no Ocidente. O desenvolvimento industrial traduziu-se numa melhoria dos equipamentos e das técnicas de “impressão” dos desenhos na pasta. O aumento do consumo teve a ver com a melhoria das condições de vida das populações. As empresas portuguesas do ramo, especialmente a Vista Alegre, incrementam a sua vocação exportadora.
A porcelana foi sempre melhor que a faiança: mais limpa, mais duradoira, mais bonita. Tinha um senão: era demasiado cara e, por isso, pouco acessível a todos. A partir dos anos 1960´s os preços aproximaram-se mais e o mercado começou a pender para o lado da porcelana.
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Acabaria por encerrar em 2005 após período conturbado entre a sua Administração e os trabalhadores. As suas peças primaram pela porcelana fina, em que sobressaíram os serviços.
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Didier Rougier, Modern Times. Sociedade de Porcelanas de Coimbra, 2013
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Didier Rougier (Tours, França, 1995). Fotógrafo. Vive e trabalha em Coimbra desde 1995.
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Pode conhecer melhor o trabalho de Didier Rougier aqui.
Sobre a SP, o texto citado, aqui.
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