AAVV, O NOSSO OLHAR NO MUNDO #10, 2022 . 1
Apresentação no Auditório da Galeria do Centro Cívico Edmundo Pedro, em Alvalade, Lisboa, dia 5 de novembro de 2022, às 15:00.
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AAVV
O Nosso Olhar no Mundo #10
Fotografia: Ana Cortinhas, António Bracons, António Jara, António Vale, Artur Ferrão, Artur Mendes Moura, Bernardo Lorena Ponte, Carlos Páscoa, Carlos Plácido, Cristina Santos Pinto, Daniel Bastos, Diogo Soares Nóbrega, Eduardo Fernandes, Fernando Curado Matos, Fernando Marques, Francisco Costa, Inácio Cristo Dias, João Sezinando, Joaquim Capitão, Jorge Neto, José Brito, José Godinho, José Manuel Pires Dias, José Rosado, José Valverde, Luís Pereira, Manuela Louro, Maria Marques, Monteiro Gil, Paulo Nabais, Paulo Pinto, Ricardo Barrelas / Texto: José Godinho, Fernando Curado Matos, André Maia, António Bracons / Design: marcvaz.com
Amadora: GOD Publishing / Setembro . 2022
Português / 30,6 x 21,1 cm / 214 pp.
Cartonado / 150 ex. numerados
ISBN: 9789895355488
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José Godinho criou uma editora, GOD Publishing e tem-se dedicado a editar livros de fotografia, temáticos, coletivos. Esta série, “O Nosso Olhar no Mundo”, atinge com esta edição, o 10.º volume. Habitualmente, cada volume alberga 15 autores, dispondo cada um de 10 páginas para apresentar um portfólio, de fotografia a cor. Neste décimo volume, assinalando o número simbólico, reúne 32 autores, cabendo a cada um 6 páginas.
Dado o número significativo de autores, apresento hoje 16 fotógrafos, apresentarei os restantes 16 na próxima publicação. Mostro por ordem alfabética, embora no livro tenham uma sequência distinta. Apresento cada fotógrafo através de uma fotografia. Mostro também dois dos meus três fólios, percebendo-se parte do grafismo.
Partilho hoje o meu texto e o André Maia, na próxima publicação incluirei o do Fernando Curado Matos e o agradecimento de José Godinho.
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A convite do José Godinho, escrevi um dos textos de introdução da obra:
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No nosso quotidiano olhamos constantemente para o mundo. Deste olhar geral, vemos uma parte reduzida: algo que, de algum modo, nos toca: concentramos o olhar, a atenção, a memória. Por vezes, em situações ínfimas, registamos estas imagens.
Conservar a memória sempre foi uma preocupação do Homem. Da memória pessoal para a memória coletiva. O registo escrito, o desenho… Desde quase meados do séc. XIX, a fotografia tornou-se um meio possível, desde as primeiras décadas do século XX relativamente acessível e desde inícios do século XXI, banalizado: digital, com uma câmara ou um telemóvel e a possibilidade de divulgar de imediato. Mas, para além da ‘fotografia-apontamento’, há também a fotografia como documento, como obra de arte, como obra pessoal / autoral.
A fotografia tem a função de mostrar o mundo. Mostrar é dar a ver. A fotografia vê o mundo e, portanto, mostra-o. Seja um olhar amplo, de um horizonte vasto ou de uma galáxia distante através de um potente telescópio, seja um olhar mais fechado, de um detalhe, um rosto, uma célula ao microscópio. Este olhar pode ser detalhado, concreto, perfeitamente definido, ou com movimento, pode ser dramático ou poético, pode ser a cores (aparentemente ‘reais’: ‘como as vemos’, ou com alguma alteração), ou a preto e branco; real ou surreal, imaginado…
A fotografia mostra o mundo pelos olhos de quem o vê. E quem vê, vê com a sua história: “no ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos” (Ansel Adams), pois “fotografar é colocar na mesma linha, a cabeça, o olho e o coração” (Henri Cartier-Bresson) e vê com as suas facilidades: profissionais, de lazer, de interesse pessoal, de oportunidade.
Do nosso olhar sobre o mundo, do que vemos quando olhamos, das imagens registadas, um número reduzido chega ao mundo: publicadas virtualmente ou impressas sobre papel.
Este é o décimo volume de uma série que mostra o nosso mundo através do olhar de cerca de cem autores. Neste volume são trinta e dois fotógrafos que nos ampliam os horizontes, que nos mostram um pouco do seu olhar no mundo.
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António Bracons
Setembro de 2022
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Dois dos meus três fólios.
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André Maia escreve:
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Tudo nasce de uma folha de papel em branco, seja ela pessoa, foto, desenho, partitura ou texto, é sempre igual. A confrontação da Ideia com o Vazio da folha real, surge depois. Dependendo da coragem de cada um, no esforço de ultrapassar a barreira do Medo, forma-se o conflito embrionário da Criação Silenciosa que dura o tempo que durar até ao grito:
– Quem sou?
E a obra nasce. Começa a sair num clique, num riscar de papel, desenho de notas de música ou de letras. A maravilha da Criação está contida na Génese Humana porque o Sonho é o Alimento da Alma. Intenso ou rarefeito, espelha as emoções que guardamos da Experiência da Vida. E há as Sensações que os Sentidos captam que mais não são do que gotas de chuva que se querem quentes, ao regar o silêncio compassado do nosso coração. Tudo está certo em tudo, porque Tudo são pontos de vista subjetivos e esse é o grande Poder da Arte.
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16.09.2022
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AAVV, O Nosso Olhar no Mundo #10, 2022
Ana Cortinhas – António Bracons – António Jara – António Vale – Artur Ferrão – Artur Mendes Moura – Bernardo Lorena Ponte – Carlos Páscoa – Carlos Plácido – Cristina Santos Pinto – Daniel Bastos – Diogo Soares Nóbrega – Eduardo Fernandes – Fernando Curado Matos – Fernando Marques – Francisco Costa
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Este 10.º volume de “O Nosso Olhar no Mundo”, bem como o 10.º volume de “A Arte de Fotografar P&B”, são apresentados no Auditório da Galeria do Centro Cívico Edmundo Pedro, na Rua Conde Arnoso, 5B, Alvalade, em Lisboa, dia 5 de novembro de 2022, às 15:00.
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Os trabalhos dos restantes autores desta obra no FF, aqui.
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