RITA BARROS, #1008, 2020

Livro que integra a exposição “Room 1008: The Last Days” no Centro Cultural de Cascais / Fundação D. Luís I, de 3 de julho a 10 de outubro de 2021

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Rita Barros

#1008

Fotografia: Rita Barros

Nova Iorque: Edição do Autor / 2020

Inglês / c. 21,5 x 15 x 6 cm (fechado), c. 12 m x 15 cm (aberto) / “76 fotografias 16,5 x 11 cm”

“Em acordeão” [leporello] / 1 exemplar

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Para Rita Barros, a produção de livros de artista, em edições reduzidas ou mesmo de apenas um exemplar, com fotografias originais, em pequeno formato, comercial, é frequente. É um processo que a cativa e que utiliza para apresentar a sua obra.

Recordo o “In daddy’s hand” de 2010, que integra a exposição “Livros de Artistas de Artistas Mulheres”, na Fundação Gulbenkian (no FF, aqui e que tem na capa uma fotografia que Rita tem no seu quarto, que vemos na exposição e neste livro) e outros vários que integraram a exposição “BOHEMIA – Vida e Morte no Chelsea Hotel”, com curadoria de Jorge Calado, realizada em 2014 na Biblioteca da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, no Campus da Caparica (no FF, aqui).

Este livro foi elaborado especialmente para a exposição “Room 1008: The Last Days”, onde se apresenta aberto sobre uma prateleira, na ‘última’ sala, como que a encerrar a exposição (depois de o ver temos de retornar pela exposição) e que reúne um conjunto significativo de fotografias (76), realizadas entre 2015 e 2020, e onde se incluem as que integram a exposição.

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António Bracons, O livro “#1008” na exposição: Rita Barros, Room 1008: The Last Days, 2021

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Estas fotografias do quarto “#1008” mostram a cidade: é assim que abre e fecha (a capa e contracapa) e do interior do quarto, neste período dos ‘últimos dias’: os móveis protegidos por plásticos, caixas com os seus pertences embalados, e… Os vários pequenos espaços do seu quarto.

Rita Barros fotografou cada uma das prateleiras, os nichos, os armários, o espaço da lareira, as paredes, como estavam em plena utilização: as fotografias, quadros, objetos, bibelots, livros… Tudo o que faz parte da vida, da vivência, da sua história. Rita arrumou as coisas, deixou para o fim uma ou outra peça mais significativa, mais importante, que se mantém ainda num ou noutro espaço. E em cada espaço colocou a fotografia desse espaço ‘habitado’, fotografou então o espaço, praticamente desabitado, com a fotografia do espaço ‘habitado’ – reconhecemo-lo também pela presença de algum objeto que se mantém.

Escrevi já sobre este olhar, a propósito da exposição referida, aqui. E referi que este conjunto era um eloquente ensaio. Poder-se-ia chamar “Tratado sobre a Ausência”.

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Rita Barros escreve no verso da contracapa:

Handmade accordeon book

21,5 x 6cm open to app 12 m long

With 76 images 16,5 x 11 cm

Made for the exhibition: Room 1008: The Last days

At Fundation D. Luís I, Cascais Portugal

Rita Barros 2020

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Rita Barros, #1008, 2020

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Este livro de artista integra a exposição de Rita Barros: “Room 1008: The last days”, patente no Centro Cultural de Cascais / Fundação D. Luís I, de 3 de julho a 10 de outubro de 2021.

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Rita Barros vive em NY desde 1980, e é professora adjunta na NYU (New York University). Tem um mestrado em ‘Art in Media: Studio Art’ pela New York University/ International Center of Photography. É autora do livro “Fifteen Years: Chelsea Hotel” Camara Municipal de Lisboa, 1999.

O seu trabalho tem sido apresentado em inúmeras exposições colectivas e individuais: no PS1, Briggs & Robinson Gallery, Exit Art, Nathalie Karg Gallery (NYC); Center for Photography em Woodstock, (NY), Wilfredo Lam Contemporary Art Museum (Havana, Cuba); Encontros de Coimbra (Coimbra), Museu da Água (Lisboa), Museu de Arte Contemporanea de São Paulo (São Paulo, Brasil), Photo España 07 (Emerging Talents) no Museo de Arte Contemporanea (Madrid), Flash Art Fair (Milão), na Paris Photo 2009 e 2010 com a Galeria Pente 10, na Fundação Gulbenkian, (Paris), na Biblioteca da FCT/UNL (Almada), no Summer Show da Royal Academy of London e no Kohler Arts Center no Wisconsin.

Barros está representada em várias coleções de arte portuguesas e estrangeiras nomeadamente; Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Coleção do Novo Banco, Portugal Telecom, Centro Português de Fotografia, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação PLMJ, Museu da Cidade de Lisboa, Centro de Arte Contemporanea de Almada, Coleção Norlinda e Jorge Lima, Museu de Arte Contemporanea de São Paulo, New York Public Library, Casa de Las Américas em Havana, Kohler Arts Center no Wisconsin, Falles Collection em Nova Iorque

Os seus retratos e paisagens urbanas foram publicados em numerosas revistas europeias e americanas incluindo o New York Times, Newsweek, New York Magazine, Brooklyn Rail, Nouvel Observateur, Vogue, Elle, GEO, Zoom, Expresso, La Vanguardia, Le Monde.

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Mais informação aqui (CCC).

Pode ver sobre a exposição no FF, aqui e saber mais sobre a obra de Rita Barros no FF, aqui.

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