GRUPO IRIS, LISBOA QUALQUER LUGAR. LISBOA QUAL LISBOA, 1994

Agostinho Gonçalves, Américo Silva, Fernando Curado Matos, Luís Azevedo, Monteiro Gil, Pedro Mónica e Jean Dieuzaide e Lúcia Vasconcelos.

No centésimo aniversário do nascimento de Jean Dieuzaide (20.06.1921-2021)

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Grupo Iris

Lisboa Qualquer Lugar. Lisboa Qual Lisboa

Fotografia: Grupo Iris – Agostinho Gonçalves, Américo Silva, Fernando Curado Matos, Luís Azevedo, Monteiro Gil, Pedro Mónica e Jean Dieuzaide e Lúcia Vasconcelos / Texto: Alberto Pimenta

Lisboa: Diferença Comunicação Visual, crl / Novembro . 1994

Coleção Grupo Iris, n.º 3

Português, francês, inglês / 15,3 x 21,1 cm / 96 pp não numeradas

Brochura / 1500 ex., dos quais 150 em edição especial (cartonada, capa impressa sem cor, em relevo), assinados pelos autores; 20 ex. com portfólio integrando uma fotografia de cada autor.

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Ao apresentar a obra de Jean Dieuzaide sobre Portugal, não posso deixar de apresentar este livro, do Grupo Iris, que conta a participação do fotógrafo de Toulouse.

Como os outros projetos do Grupo, é constituído por um livro, com uma edição normal e uma especial, assinada por todos os autores, um portfólio com uma fotografia original de cada um (20 ex.) e uma exposição.

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Este livro é o terceiro editado pelo Grupo Iris, constituído por: Agostinho Gonçalves, Américo Silva, Fernando Curado Matos, Luís Azevedo, Monteiro Gil, Pedro Mónica. Decidiram desenvolver este projeto em torno da cidade de Lisboa e convidaram Lúcia Vasconcelos, que desenvolve um vasto trabalho sobre a cidade e Jean Dieuzaide, então já com mais de 70 anos, fotografara a cidade em 1954.

Todos gostavam da fotografia de Dieuzaide sobre Portugal e sobre a cidade, sentiam-se identificados com ela. Pensaram em convidá-lo a participar: ceder as fotografias para o livro e para a exposição e as fotografias para o portfólio, pagariam as despesas da vinda a Portugal e a estadia, ofereciam um conjunto de livros. Um conjunto de fotógrafos quase desconhecidos em Portugal, um dos nomes grandes da fotografia francesa. Escreveram uma carta para o Chateau d’Eau, em Toulouse, o espaço que criara (em 1994 ainda não havia internet nem e-mail). A resposta foi rápida e entusiasmada: cedia as fotografais para o livro e para a exposição, oferecia as fotografias para o portfólio, mas a vinda seria ele a pagar as viagens e estava farto de hóteis: ficaria em casa de um dos fotógrafos, queria conhecer os fotógrafos!… Sobre esta colaboração e a sua vinda falaremos numa das próximas publicações.

Este livro reúne 10 imagens de cada autor apresentadas autor a autor, por ordem alfabética, entre o capítulo correspondente (1 a 8) do texto que Alberto Pimenta escreveu especialmente para a obra, em português a abrir o capítulo, em francês e inglês a fechar.

Cada autor apresenta o seu olhar sobre “Lisboa qualquer lugar”, numa busca de “Lisboa qual Lisboa”: Agostinho Gonçalves procura-a refletida, Américo Silva vê-a através das simetrias, Fernando Curado Matos no movimento das festas dos santos populares, Jean Dieuzaide a vivência única da cidade em 1954: as varinas, os quiosques, um rebanho ao cimo do Parque Eduardo VII, Alfama, o fado…, Lúcia Vasconcelos os espaços e recantos da cidade, Luís Azevedo vê o movimento pela cidade, Monteiro Gil centra-se em Santos, centro da sua vivência, e na envolvente, Pedro Mónica nos vestígios industriais que a cidade mantém.

O grafismo é sóbrio e a impressão cuidada, fazem desta obra uma pequena jóia.

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Grupo Iris. Agostinho Gonçalves, Américo Silva, Fernando Curado Matos, Jean Dieuzaide, Lúcia Vasconcelos, Luís Azevedo, Monteiro Gil, Pedro Mónica, Lisboa Qualquer Lugar. Lisboa Qual Lisboa, 1994

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“Lisboa qualquer lugar” esteve em exposição na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, na sala grande, em novembro e dezembro de 1994. Todos os autores estiveram presentes na inauguração.

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Pode ver no Fascínio da Fotografia sobre a obra de Agostinho Gonçalves, aqui; Fernando Curado Matos, aqui; Jean Dieuzaide, aqui; Monteiro Gil, aqui.

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