ADRIANO MIRANDA, NUNO ANDRÉ FERREIRA, A VOZ DO DÃO. O DIÁLOGO DA UVA E DO VINHO, 2020

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Adriano Miranda, Nuno André Ferreira

A Voz do Dão. O diálogo da uva e do vinho

Fotografia: Adriano Miranda, Nuno André Ferreira / Texto: Manuel Carvalho, Jorge Sobrado, Rogério Mota Abrantes

Porto: Gráficos Associados / Dezembro . 2020

Português (texto e braille) / 24,89 x 33,7 cm / 272 pp., não numeradas

Cartonado / 1.000 ex.

ISBN: 9789893311691 

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A Região Vitivinícola do Dão quer dar a conhecer ao grande público as estórias, gentes e paisagens que dão corpo aos vinhos que se produzem neste território tão singular. O projeto “A Voz do Dão” captura essa singularidade e revela o que a torna tão especial.

Da memória ancestral das civilizações às rotas contemporâneas do turismo, o vinho e as suas estórias constituem as raízes das regiões que o produzem e dão voz às memórias que nos envolvem no seu encanto.”

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Neste livro de grande formato, as fotografias abrem-se ora em fólios completos, ora ocupando parcialmente uma das páginas. A cor intensa do sol que gera o néctar, ilumina as imagens de uma cor única. Intensa. Temos as gentes e os trabalhos e as uvas e os processos. As imagens, pela dimensão e cor e intensidade levam-nos a imergir no ambiente vinhateiro do Dão, na vivência, na cor… No amor à terra e às uvas, às tradições. Este diálogo entre o passado, o presente e o futuro, desvenda-se nesta obra na “intimidade da exploração vitivinícola da região do Dão”: as pessoas, as uvas, os cuidados e atenções, os tratamentos, a poda, a vindima, as vinhas e as adegas, familiares e cooperativas, o pisar das uvas e o engarrafar o vinho, a partilha à mesa, com a família e os amigos…

Neste livro, só falta o sabor.

Sugestão: acompanhe-se com um copo do Dão.

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Jorge Sobrado, Vereador da Cultura e Património do Município de Viseu, escreve:

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Quem se esforça por escutar, vê

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“A Voz do Dão” é porventura o menos óbvio e o mais necessário dos projetos visuais sobre a região vitivinícola de Viseu, assinado por dois nomes maiores da fotografia em Portugal.

Aqui não se reproduz o “Dão instagramável”; antes dele somos desviados e conduzidos pelo espanto a um Dão humano, demasiado humano. O nosso olhar não é submetido a filtros de gosto social ou protocolar que o higienizariam – normativo cultural dos nossos tempos; ao invés, somos libertados para ouvir a verdade do Dão. Há um excesso que surpreende e desarma, comove e conquista.

A experiência proposta pelos autores nesta viagem é, em muito, semelhante à da fuga que certos turistas praticam relativamente aos circuitos oficiais das visitas guiadas. Escolhem perder-se.

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Manuel Carvalho, Diretor do Jornal Público, regista:

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O Dão sem filtros

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O que faz o vinho é a terra, o clima e os homens e o Dão não tem falta de nenhum destes ingredientes fundamentais. Com o evoluir do tempo, a terra, o clima e os homens foram-se moldando entre si, criando paisagens, apurando a genética das plantas, inventando estilos de vinho, criando hábitos e construindo aquela pele cultural que distingue uma região de vinho com alma das outras regiões. O Dão, no seu todo, bem pode ter xisto ou granito, vales ou serras, cidades cada vez mais cosmopolitas ou aldeias que conservam a sua secular herança rural, mas se é capaz de apresentar ao mundo uma marca indelével da sua identidade é a marca do vinho.

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Adriano Miranda, Nuno André Ferreira, A Voz do Dão.O diálogo da uva e do vinho, 2020

Nota: reproduzo algumas fotografias, não necessariamente o grafismo.

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Adriano Miranda nasceu em Aveiro a 5 de Abril de 1966. Estudou na Cooperativa Árvore no Porto e completou o Curso Avançado de Fotografia no AR.CO em Lisboa. 

Fotógrafo do jornal Público desde 1996, foi editor de fotografia entre 2001 e 2005. Professor de Fotografia, leccionou no AR.CO, CENJOR e ESMAD. Actualmente leciona no IPCI no Porto e na Escola Superior de Belas Artes no Porto. 

Participou em várias exposições na América Latina e na Europa. Está representado em várias colecções em Portugal e no estrangeiro. Vencedor em alguns prémios de fotografia o qual se destaca o Prémio na categoria de Retrato da Estação Imagem 2011, Prémio Gazeta 2017, Prémio de jornalismo da Rede Europeia Antipobreza. 

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Nuno André Ferreira é natural de Leiria. Fotógrafo do grupo Cofina desde 2006 e da Agência Lusa desde 2009, licenciado em Ciências da Informação pelo Instituto Superior Miguel Torga em Coimbra. 

Vencedor de vários prémios com especial destaque para o Prémio Estação Imagem | Mora na categoria “Ambiente”, 2010, o Prémio Fotojornalismo da Aliança das Agências de Notícias do Mediterrâneo (AMAN), 2014, a Menção Honrosa, Prémio Estação Imagem “Fotografia do Ano”, 2018e o Prémio internacional Rei de Espanha de Jornalismo, 2019.

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Pode saber mais sobre esta obra, aqui.

Pode conhecer no Fascínio da Fotografia mais sobre a obra de Adriano Miranda, aqui e de Nuno André Ferreira, aqui.

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