LUÍSA FERREIRA, CLARO E ESCURO

“Claro e Escuro”, de Luísa Ferreira integra a exposição “Diário de Uma Pandemia”, de 8 de Setembro a 31 de Outubro 2020, na Galeria CC11, Rua do Centro Cultural, 11, em Alvalade, Lisboa.

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Luísa Ferreira, Claro e Escuro, Março – Agosto 2020

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Claro e escuro. O que é claro e o que é escuro. O que se vê e o que não se vê. Que não se consegue ver.

Esta exposição de Luísa Ferreira, fotografias realizadas entre março e julho de 2020, em tempo de confinamento, de “ficar em casa”, regista a cidade de Lisboa, onde vive, vazia. Como nunca foi. E, paralelamente, seguindo um projeto seu, fotografa o chão e o que para lá foi deitado. Ou deixado.

Temos assim, de um lado, aspetos da cidade e do país, da praia também: desertos, sem gente, ou quase ninguém. Ao centro, numa espiral, o chão: tantas máscaras abandonadas, entre outras coisas. Do lado direito, olha pela sua janela – os livros a apanhar ar, de uma arrumação feita – e um jardim…

As fitas no chão marcam os limites do espaço. Para a leitura, para a entrada. Uma cadeira onde “Não sentar”, devido à pandemia. E as imagens, em núcleos, com distância entre si, para evitar a aproximação entre cada um, entre cada pessoa que vê. Em razão da pandemia.

Claro. É claro que há uma ameaça, que todos sabem, que todos temem, que implica medidas drásticas, procurando a contenção, a saúde de cada um. Isso é claro. E é escuro. Porque não se sabe até quando, quais as implicações, como vamos, a médio e longo prazo, reagir. Não conseguimos ver ainda.

O que se passa, onde estou, como estou… O que me rodeia…

Claro e escuro.

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António Bracons, Aspetos da exposição, 2020

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“Claro e Escuro” de Luísa Ferreira é um dos 4 módulos da exposição “Diário de Uma Pandemia”. Os restantes módulos são: Everydaycovid, Retratos de Portugal Pelas Agências de Notícias e Dias da Pandemia pela Imprensa Nacional. A exposição está patente de 8 de Setembro a 31 de Outubro 2020, na Galeria CC11, na Rua do Centro Cultural, 11, em Alvalade, Lisboa. A exposição estará a partir de Novembro no Município de Tondela, até Janeiro 2021, seguindo depois para o Taguspark, Oeiras, entre Março e Abril 2021.

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“Diário de Uma Pandemia” é uma

Exposição fotográfica e multimédia organizada pela associação cultural CC11. Um retrato da vida quotidiana feito pela comunidade em Portugal de fotógrafos e fotojornalistas, videógrafos e documentaristas, durante o período da pandemia de COVID-19.

Seis meses após a chegada a Portugal da pandemia de Covid-19 (…) foram confirmados oficialmente a 2 de Março os primeiros casos de infecção, a associação cultural CC11 apresenta a exposição fotográfica e multimédia DIÁRIO DE UMA PANDEMIA, envolvendo mais de 130 fotógrafos, que nos relatam estes dias que alteraram de forma brusca o panorama dos portugueses.

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Associação Cultural CC11

No início do ano 2020 foi fundada em Lisboa a associação cultural CC11, que tem como finalidade divulgar e promover a fotografia e o fotojornalismo em Portugal. A primeira exposição inauguraria em Março no espaço CC11, Rua do Centro Cultural 11, no revitalizado bairro de Alvalade e tínhamos já um calendário de exposições até final do ano.

O surto de Covid-19 obrigou-nos a fazer uma pausa na agenda, mas como os fotógrafos e fotojornalistas não pararam durante a pandemia, decidimos aproveitar este momento de crise excepcional para inaugurar o espaço e iniciativas da CC11 com esta exposição, mostrando os testemunhos que nos revelam o impacto que a pandemia teve nas nossas vidas.

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Luísa Ferreira (Lisboa, 1961). Fotógrafa independente, vive e trabalha em Lisboa. É mestre em Design e Cultura Visual – Estudos de Fotografia, pela ESD/IADE-U (2011).

Expõe individualmente com regularidade desde 1989, desenvolvendo projectos pessoais que incluem por vezes a edição de livros.

Integrou a exposição Au Féminin. Women Photographing Women 1849-2009, no Centro Cultural Calouste Gulbenkian, Paris, 2009. Expôs nos Encontros de Imagem de Braga nos anos 1994, 1995, 1996 e 2014 e nos Encontros de Fotografia de Coimbra em 1994.

Foi Primeira Escolha nos Recorridos Fotográficos da ARCO98 (Madrid) com Éter.

Recebeu o Prémio Autores 2019, Artes Visuais, Melhor Trabalho de Fotografia pela sua exposição branco, na Galeria Monumental (Set / Out 2018), um projecto desenvolvido a partir do auto-retrato para construir a noção de ficção identitária, que incluiu a edição de um catálogo/livro de artista com o mesmo título.

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Pode conhecer melhor a obra de Luísa Ferreira aqui e no Fascínio da Fotografia, aqui.

Pode ver no Fascínio da Fotografia sobre a exposição “Diário de Uma Pandemia”: Everydaycovid, aqui e aqui e Retratos de Portugal Pelas Agências de Notícias, aqui.

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Cortesia da Associação Cultural CC11 e da Autora.

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