DIÁRIO DE UMA PANDEMIA. RETRATOS DE PORTUGAL PELAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
“Retratos de Portugal Pelas Agências de Notícias“ integra a exposição “Diário de Uma Pandemia”, patente de 8 de Setembro a 31 de Outubro 2020, na Galeria CC11, Rua do Centro Cultural, 11, em Alvalade, Lisboa.
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Armando França, AP – Associated Press
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Patrícia Melo, AFP
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Carlos Barroso, Estela Silva, Hugo Delgado, José Coelho, Mário Cruz, Lusa/EPA
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Esta exposição apresenta uma seleção de fotografias das agências AFP, AP, Getty Images, Reuters e Lusa/EPA (também representada por Manuel Almeida, Nuno André Ferreira, Fernando Veludo, Miguel A. Lopes e André Kosters), que fazem um relato visual de como Portugal reagiu à pandemia.
Catarina Demony, correspondente da Reuters em Portugal, escreve:
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COVID-19: Uma nova realidade pelos olhos dos correspondentes
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Captar um momento é muito mais do que um simples ‘clique’. Um texto é muito mais do que meras palavras. Um vídeo é muito mais do que um conjunto de imagens em movimento.
Atrás de cada fotografia, filmagem e notícia, estão profissionais, de várias idades e feitos, que trabalham horas a fio para contar ao mundo – o mais rapidamente possível – o que se passa cá dentro, em Portugal.
São os chamados correspondentes internacionais. Trabalham para várias agências de notícias e, sem eles, pouco chegava para lá das fronteiras.
Seja para cobrir um protesto ou uma catástrofe natural, os correspondentes, armados com as suas máquinas fotográficas, câmaras de filmar e blocos de notas, seguem para a rua, com uma missão: reportar e informar.
A pandemia não foi excepção. Mas trouxe consigo novos desafios.
Os sorrisos foram tapados por máscaras. As regras de acesso a eventos e edifícios oficiais mudaram. Os microfones foram cobertos de plástico. As conferências de imprensa foram, em vários casos, substituídas por chamadas online. As ruas, antes cheias de pessoas para entrevistar, ficaram, de um dia para o outro, desertas.
E, enquanto muitos ficaram a trabalhar na segurança das suas casas, os correspondentes – tal como outros trabalhadores essenciais – continuaram fora de quatro paredes: mostraram ao mundo os bairros de Lisboa sem turistas, o caos dos hospitais, as missas sem crentes, entre tantos outros momentos que marcaram um período nunca antes vivido.
Mais recentemente, os correspondentes revelaram através das suas imagens a vida a voltar a uma “nova”, obscura normalidade. Os restaurantes a abrirem portas mas sem clientes para servir, os aviões a aterrar de novo mas com poucos turistas a bordo e as pessoas, ainda com algum medo, a andarem pelas ruas de Portugal depois de meses confinadas.
As dificuldades de reportagem foram (e vão continuar a ser) muitas.
O correspondente, principalmente os que trabalham para agências de notícias, desde a Agence France-Presse à Reuters, tem a responsabilidade de produzir conteúdos originais, factuais, objetivos, que mostram nada mais nada menos do que a realidade.
Trabalhar durante uma crise que transborda restrições torna este trabalho ainda mais difícil mas nunca o torna impossível.
Com ou sem pandemia, pensar “outside the box” e manter, a todo o custo, a objetividade está no ADN de qualquer correspondente que se preze. E é assim que tem e vai continuar a ser.
É difícil prever quando e se a sociedade vai voltar ao que era, e ainda é cedo para avaliar o verdadeiro impacto que a pandemia vai ter na vida de cada um de nós. Mas, venha o que vier, os correspondentes vão estar prontos para acompanhar os acontecimentos, para mostrar ao mundo o melhor e pior do país onde trabalham.
A pandemia veio mostrar que o bom jornalismo não é opção, e as imagens expostas neste espaço revelam a realidade pura e dura: os sorrisos, as lágrimas e a esperança.
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Horacio Villalobos, Getty Images
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Rafael Marchante, Reuters
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Este é um dos 4 módulos da exposição “Diário de Uma Pandemia”. Os restantes módulos são: Everydaycovid, Dias da Pandemia pela Imprensa Nacional e Claro e Escuro, de Luísa Ferreira.
A exposição está patente de 8 de Setembro a 31 de Outubro 2020, na Galeria CC11, na Rua do Centro Cultural 11, em Alvalade, Lisboa. A entrada é livre e o uso de máscara obrigatório. A exposição estará a partir de Novembro no Município de Tondela, até Janeiro 2021, seguindo depois para o Taguspark, no Município de Oeiras, entre Março e Abril 2021.
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“Diário de Uma Pandemia” é uma
Exposição fotográfica e multimédia organizada pela associação cultural CC11. Um retrato da vida quotidiana feito pela comunidade em Portugal de fotógrafos e fotojornalistas, videógrafos e documentaristas, durante o período da pandemia de COVID-19.
Seis meses após a chegada a Portugal da pandemia de Covid-19 (…) foram confirmados oficialmente a 2 de Março os primeiros casos de infecção, a associação cultural CC11 apresenta a exposição fotográfica e multimédia DIÁRIO DE UMA PANDEMIA, envolvendo mais de 130 fotógrafos, que nos relatam estes dias que alteraram de forma brusca o panorama dos portugueses.
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Associação Cultural CC11
No início do ano 2020 foi fundada em Lisboa a associação cultural CC11, que tem como finalidade divulgar e promover a fotografia e o fotojornalismo em Portugal. A primeira exposição inauguraria em Março no espaço CC11, Rua do Centro Cultural 11, no revitalizado bairro de Alvalade e tínhamos já um calendário de exposições até final do ano.
O surto de Covid-19 obrigou-nos a fazer uma pausa na agenda, mas como os fotógrafos e fotojornalistas não pararam durante a pandemia, decidimos aproveitar este momento de crise excepcional para inaugurar o espaço e iniciativas da CC11 com esta exposição, mostrando os testemunhos que nos revelam o impacto que a pandemia teve nas nossas vidas.
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Cortesia: Associação Cultural CC11.
As fotografias da exposição são de António Bracons.
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Pode ver sobre as exposições de “Diário de Uma Pandemia”, no Fascínio da Fotografia: “EverydayCovid”, aqui e aqui; “Claro e Escuro”, de Luísa Ferreira, em breve.
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