TIAGO MIRANDA, PEDRO NUNES, LUÍS MIGUEL SOUSA E JOSÉ FERNANDES, LISBOA AINDA

Há 6 meses (16.03.2020) foi decretado o Estado de Alerta, devido ao COVID-19. Uma semana depois era decretado o Estado de Emergência.

Exposição no Pavilhão Preto do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, ao Campo Grande, de 23 de julho a 20 de setembro de 2020.

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LISBOA AINDA

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Lisboa não tem beijos nem abraços

não tem risos nem esplanadas

não tem passos

nem raparigas e rapazes de mãos dadas

tem praças cheias de ninguém ainda tem sol mas não tem nem gaivota de Amália nem canoa

sem restaurantes, sem bares, nem cinemas

ainda é fado ainda é poemas

fechada dentro de si mesma ainda Lisboa cidade aberta

ainda é Lisboa de pessoa alegre e triste e em cada rua deserta

ainda resiste.

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Manuel Alegre

20.03.2020

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António Bracons, Da projeção da escrita do poema “Lisboa ainda”, de Manuel Alegre, Exposição, 2020

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Nos primeiros dias de confinamento, na sequência do decretado estado de emergência devido à pandemia de COVID-19, tornou Lisboa – talvez mais que outras cidades – uma cidade deserta. O grande movimento de pessoas, deslocando-se para o trabalho, mas também em lazer, cessou.

Esta exposição, como refere Rita Palla Aragão, comissária, resultou de um encontro de vontades: pelo seu lado, mostrar a cidade deserta, o Museu de Lisboa, ficar com um registo deste tempo único. É assim, que em 23 dias – entre o encontro de ideias e a inauguração – surge esta exposição.

Em reportagem ou como projeto pessoal, estes quatro fotógrafos, fotojornalistas, registaram a cidade: Pedro Nunes passeou pela cidade na primeira manhã da primeira segunda-feira da primeira semana da quarentena; José Fernandes vê a cidade deserta, uma presença humana muito pontual, que retira da imagem, colocando-a a branco; Luís Miguel Sousa voltou a lugares que havia fotografado em inícios de outubro de 2019, para um projeto sobre turismo; Tiago Miranda “conduziu por Lisboa e fotografou-a pela janela do carro”.

O tempo breve para a concretização levou a que não houvesse um livro da exposição, mas um livreto, A5, de 32 páginas, como ‘folha de sala’, com os textos que reproduzo abaixo e algumas das fotografias expostas.

O título vem do poema que Manuel Alegre escreveu a 20.03.2020.

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Os textos da exposição e do livreto são de Rita Palla Aragão:

Pela primeira vez na história do país, foi decretado, no início deste ano, um período de estado de emergência que obrigou ao confinamento da maioria da população e ao encerramento de quase todas as atividades económicas. Embora por todo o território nacional se tenha sentido um enorme abrandamento, foi nos aglomerados urbanos que os efeitos desse confinamento mais se fizeram notar. Ora, sendo Lisboa a capital do país e a sua cidade mais populosa e visitada, sofreu, durante todo esse período, uma alteração profunda na sua vivência — alteração essa que ficará para sempre marcada na nossa memória coletiva.

Num país confinado, a comunicação social tem um papel ainda mais fundamental do que em tempos normais, já que é a principal fonte de informação acerca do que se passa no exterior e se substitui a nós na leitura de alguns acontecimentos. É através dela que ouvimos, lemos e vemos o mundo e é com base nela que vamos mantendo a nossa ligação com a realidade exterior. As imagens — sobretudo as fotografias, porque não são efémeras e nos podemos demorar longamente em cada uma delas — têm um papel essencial nessa ligação e, como se foi provando durante toda a quarentena, o trabalho de fotojornalismo pode ser marcante para alcançarmos um novo imaginário.

Aos fotojornalistas coube, durante este período, a difícil tarefa de captar imagens diretamente relacionadas com a pandemia, imagens de pesar e de sofrimento humano. Imagens de equipas de profissionais de saúde exaustos, temerosos do que ainda estava por vir, imagens de equipamentos médicos em funcionamento ou da montagem dos hospitais de campanha. Essas fotografias, no seu conjunto, foram-nos mostrando o modo como os serviços de saúde estavam a reagir aos efeitos da pandemia.

Acontece que, aos mesmos fotojornalistas, coube também uma outra tarefa, não menos difícil, de ir registando através das suas objetivas as alterações profundas que se tinham operado no nosso mundo do quotidiano — no mundo de todos nós e não só dos que viram a sua saúde afetada pela pandemia. A cidade parou e, com ela, parou a maioria das atividades diárias que nela funcionam: pararam atividades de grande porte como o aeroporto ou as escolas, certamente, mas pararem também todas as outras que dão vida a uma cidade — teatros e cinemas, cafés e esplanadas, restaurantes e bares, concertos e bailados, empresas grandes e empresas pequenas, lojas e quiosques, floristas e vendedores ambulantes, mercados e feiras. Com a cidade parada, sem o movimento dos seus habitantes, desapareceram os pequenos gestos de cada um e que fazem o quotidiano de todos – «Lisboa não tem beijos nem abraços (…) não tem passos», como tão bem descreveu Manuel Alegre durante este período, num poema que marcará para sempre este tempo e que empresta o título à exposição — Lisboa Ainda.

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Lisboa Ainda mostra-nos quatro projetos fotográficos de quatro profissionais com percursos diferentes dentro de área do fotojornalismo. São quatro olhares distintos sobre uma Lisboa em quarentena, são quatro olhares de quem conseguiu, através da objetiva, captar a essência e a beleza de uma cidade confinada — uma cidade que, pela sua poesia, ainda resiste.

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JOSÉ FERNANDES, LISBOA NÃO VAI FICAR SOZINHA – NO FIM DO TÚNEL ESTÁ O MUNDO

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José Fernandes, Lisboa não vai ficar sozinha – no fim do túnel está o mundo, 2020

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Foi de repente. De repente, o mundo escureceu e, com ele, escureceram as cidades, escureceu Lisboa. Como é possível que o mundo, de repente, tenha ficado todo tão escuro, perguntamo-nos.

Na verdade, à maior parte de nós nenhuma tragédia aconteceu — é-nos pedido apenas que nos resguardemos no conforto das nossas casas e que, pacientemente, esperemos. Vamos dizendo que «não nos podemos queixar, muitos antes de nós viveram tormentas piores, viveram guerras e fome, viveram lutos coletivos». Mas… ainda assim… para cada um de nós, de repente, a vida ficou mais sombria. Ainda assim… cada um de nós tem uma vida e todas as nossas vides estão afetadas, em maior ou menor grau, pela quarentena.

Se muitos sofrem a pequena tormenta que é trabalhar em casa e, em simultâneo, conseguir prestar atenção aos seus filhos, muitos outros sofrem tormentas inversas – a de ter perdido o seu trabalho, ou a de sentirem a solidão que o isolamento social provoca. Aos mais velhos acresce uma maior dificuldade — pertencem a um grupo de risco e temem pela sua saúde. Estamos no mesmo barco e o mundo escureceu para todos.

Ora, um mundo escuro não é fácil de representar – para mais, não sendo uma escuridão cerrada, sendo só uma escuridão passageira, uma nuvem grande e cinzenta, atrás da qual todas as crianças pelo mundo fora podem desenhar um arco-íris de esperança.

Sem tanta cor, sem a mesma inocência, José Fernandes desenha a escuridão com luz — incide sobre as nossas figuras um destaque em branco que poderá ter muitos significados mas que é, inequivocamente, de luz.

Será para nos ajudar a afugentar o escuro que, individualmente, sentimos? Será para nos dizer que cada um de nós representa, afinal, a luz de Lisboa? Será para homenagear quem teve de continuar a circular pela cidade, trabalhando para o bem de todos nós? Ou será para marcar que Lisboa afinal, não está sozinha* e ainda tem a luz dos seus habitantes?

Possivelmente não há uma resposta certa a estas perguntas, provavelmente a resposta está em cada um de nós, individualmente, já que foi a nós que José Fernandes preencheu de claridade. E, para cada um à sua maneira, será importante não esquecer que este momento no qual coletivamente nos sentimos sombrios foi o mesmo momento no qual alguém encontrou em nós a luz de Lisboa.

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“Lisboa não vai ficar sozinha — no fim do túnel está o mundo” foi o título dado por Marco Grieco à fotogaleria do jornal Expresso, onde este projeto foi mostrado pela primeira vez.

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LUÍS MIGUEL SOUSA, TOURISM OFF

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Luís Miguel Sousa, Tourism Off, 2020

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Recuemos no tempo, não muito, à fase em que Lisboa estava no auge do turismo. Um pouco por todo o mundo, publicavam-se artigos destacando a cidade como um dos melhores e mais aprazíveis destinos turísticos. Um pouco por todo o mundo, foi-se espalhando a palavra e os visitantes começaram a afluir em massa à cidade, invadindo ruas e praças, enchendo restaurantes, transformando profundamente a vivência de Lisboa. Em paralelo, um pouco por toda a comunidade começaram a levantar-se vozes que tentavam contrariar este fenómeno, reclamando que uma cidade deve ser sobretudo para os seus habitantes que a massificação do turismo destrói a sua cultura e o bem-estar dos seus moradores. Muito se teorizou sobre a frase «Lisboa está na moda» e sobre o fenómeno de as modas serem, por conceito, passageiras.

Muita tinta correu nos jornais sobre este tema e muitas imagens ilustraram esses mesmos artigos — muitas vezes foi pedido aos fotojornalistas que tentassem através da sua lente, captar a essência do que estava a acontecer na cidade.

Deixemos de recuar no tempo e coloquemo-nos onde estamos – no agora. Subitamente, as fronteiras fechadas, os aviões todos em terra e o mundo em lockdown — o nosso e o deles. Sem aviso prévio, Lisboa fica vazia de turistas, com os seus bairros mais visitados completamente vazios, deixando tantas e tantas imagens de uma cidade cheia. Será? Haverá assim tanto contraste? Com estas interrogações em mente, Luís Miguel Sousa pega na sua máquina e resolve revisitar os lugares onde tirou as fotografias que considera mais representativas. Tem tempo, tem muito tempo. Com cuidado, alinha a máquina exatamente para o mesmo ponto que fotografou antes. Tem tempo. Com cuidado,  escolhe precisamente o mesmo enquadramento, ao milímetro. Contínua com tempo e espera precisamente uma hora, 60 minutos inteiros, até lhe aparecer a primeira pessoa nas Escadinhas de Santa Justa, nos degraus que, até aqui, quase não se viam, de tantos pés que os subiam e desciam, de tantos pés que ali esperavam pelo elevador.

Afinal, claro que sim — há contraste, um contraste que se sente na alma.

Tem tempo e, com tempo, volta a todos os lugares anteriores. Tem tempo para alinhar a máquina. Tem tempo para refazer o enquadramento perfeito

Tem tempo para registar este novo tempo. E para assim nos mostrar o quão volátil é, afinal, a realidade.

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PEDRO NUNES, O TEMPO DO VAZIO

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Pedro Nunes, O tempo do vazio, 2020

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Lisboa, segunda-feira de manhã. Mas não é uma qualquer manhã de uma qualquer segunda-feira de uma qualquer semana. É a primeira manhã. É a primeira segunda-feira. É a primeira semana do estado de emergência que foi decretado em todo o país por causa da pandemia. É uma incógnita, tudo o que se segue é uma incógnita. Não se sabe quanto tempo durará a pandemia, não se sabe quanto tempo durará o estado de emergência, ainda não se sabe sequer, que a seguir; virão outros estados e que serão de calamidade e de alerta. Naquele momento, sabe-se apenas que é segunda-feira, e que é a primeira seja do que for. É dia 23 de março de 2020 e Pedro Nunes sai à rua para fotografar, O tempo é diferente, o objetivo é o de sempre: mostrar o que acontece. Só que, nesta manhã… parece que não acontece.

Não é como uma manhã de um domingo de verão em que pouco se passa, é uma manhã diferente, é um cenário nunca visto e que não conseguimos reconhecer em nenhum ponto da nossa memória anterior. E é preciso            mostrá-lo a todos os que estão em suas casas confinados, sem poder ver o que acontece na sua cidade, sem poder ver o que não acontece. É preciso transmitir a todos que não se trata do equivalente        a uma manhã de um domingo de verão: que se trata da primeira manhã de um            novo tempo. E é preciso marcá-lo — ao tempo — é preciso marcar o momento em que algo mudou. Como outros fizeram antes de nós. Surge então uma imagem com mais de meio século. 1968. Invasão de Praga. O início. O momento de mudança para novos tempos. Josef Koudelka registando, com a sua lente, o seu relógio e a sua cidade.

E assim Pedro Nunes fotografa a nossa cidade, homenageando a ideia do fotógrafo checo e trazendo até nós uma Lisboa desconhecida, uma Lisboa vazia, trazendo a primeira de muitas manhãs iguais. Na altura ainda não sabíamos que seriam muitas, na altura ainda não sabíamos como seriam. Mas agora sabemos, agora já as vivemos, recolhidos, sem as vermos, mas Pedro Nunes fotografou-as para nós.

Com a sua lente e com o seu relógio, fotografou as horas da primeira manhã da primeira segunda-feira da primeira semana.

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TIAGO MIRANDA, DA JANELA DO MEU CARRO, NÃO SE VÊ A MINHA CIDADE

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Tiago Miranda, Da janela do meu carro, não se vê a minha cidade, 2020

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Uma fotografia tirada numa cidade pela janela de um carro. Quantas haverá ao longo da história? Dir-se-ia que de quase todas as janelas de quase todos os carros, já foram feitas fotografias. Dir-se-ia também que tal já aconteceu em todas as cidades do mundo. Multiplicando as janelas de quase todos os carros por todas as cidades do mundo   concluímos o que já sabíamos: são incontáveis as fotografias tiradas às cidades pelas janelas dos carros.

Estamos confinados há semanas e tentamos manter hábitos antigos dentro das novas rotinas. Muitos continuam a ouvir a emissão de rádio matinal — agora em casa — procurando saber um pouco mais sobre o que se passa no mundo, procurando compreender um pouco melhor o que acontece lá fora.

A rádio, tal como nós, mantém hábitos do tempo antigo e duas ou três vezes por hora, passa aquilo a que chamam «notícias do trânsito» Mantém, há semanas notícias vazias de cidades vazias, não nos deixando esquecer nem por um momento que, nestes novos tempos, lá fora — nas estradas, nas ruas — nada há para noticiar. Na nossa imaginação, que pouca capacidade tem para alcançar o que nunca viu, criamos imagens com base no que conhecemos até então: na nossa mente existe apenas a ideia de uma cidade quase vazia, quase sem carros, onde         é fácil circular. Mas a realidade, a nova, a que nunca vimos, afinal vai muito para além disso.

As fotografias de Tiago Miranda chegam-nos a casa através da página do jornal Expresso e cortam-nos a respiração: afinal é diferente, afinal não conhecemos, não vimos, não conseguimos sequer imaginar.

Constatamos que a lente foi passeando pela cidade e foi captando o que o fotojornalista sentiu: a cidade como um não-lugar. De repente, a cidade é um não-lugar. Se são as pessoas que fazem os sítios, neste momento não há pessoas, não há a essência do sítio. Lisboa mostra-se em todo o seu esplendor, sempre com uma beleza extraordinária, única e inigualável, mas nela sente-se uma tristeza profunda — uma cidade só é cidade com as suas gentes. E Lisboa ressente-se com a sua falta.

Há, de facto, muitas fotografias de cidades tiradas de janelas de carros. Mas não são estas. Estas são as que souberam levar-nos com elas e mostrar-nos o que os nossos olhos na altura não puderam ver e a nossa imaginação nunca conseguiria alcançar.

Estas são as fotografias que souberam pôr-se no nosso lugar de todos os dias, durante todos os dias em que não estivemos no nosso lugar.

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António Bracons, Aspetos da exposição e da conversa com os Autores e a Comissária, Rita Palla Aragão, 09.2020

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José Fernandes

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Nasceu em 1986, é natural de e vive em Lisboa, desde 2010. O seu percurso profissional teve início na área da Hotelaria, onde fez os seus primeiros estudos. Alguns anos mais tarde, o seu interesse pela fotografia acentuou-se e, já em Lisboa, tez o seu curso no Instituto Português de Fotografia. Durante os anos seguintes, manteve ambas as profissões em paralelo, mas desde 2016, optou por se dedicar exclusivamente à fotografia e ao fotojornalismo. A nível nacional, tem visto os seus trabalhos publicados na imprensa escrita de maior dimensão, como no semanário Expresso, jornal Público, jornal I, jornal Diário de Notícias ou na revista TimeOut.

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Luís Miguel Sousa

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Nasceu em Lisboa, em 1972 e atualmente reparte a sua vida entre Lisboa e Barcelona. Fez e maior parte do seu percurso profissional na área empresarial, sendo licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais pela Universidade Católica Portuguesa. Em 2012 inicia o seu processo de aprendizagem na área da fotografia e, poucos anos depois, surge a sua primeira colaboração com uma agência. Em 2018, toma a decisão de abandonar a carreira empresarial — quando era responsável pela direção ibérica de uma multinacional – para se dedicar exclusivamente à fotografia. Nestes dois anos, tem colaborado com o semanário Expresso, entre outras publicações.

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Pedro Nunes

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Nasceu em 1976, nas Caldas da Rainha, e vive atualmente em Lisboa. Licenciado em Gestão de Marketing pelo IPAM, iniciou o seu percurso profissional na área do Marketing. Em 2011, tomou a decisão de alterar o rumo da sua carreira e começou a estudar fotografia no Ar.Co. No início da sua atividade como fotojornalista, os seus trabalhos foram publicados, sobretudo, na imprensa internacional – New York Times, a revista Time, The Guardian, Le Fígaro, Le Monde, Der Spiegel, L’Observateur ou El País e, só alguns anos mais tarde, passa a colaborar maioritariamente com publicações nacionais como o Público, o jornal I ou o Expresso, jornal com o qual, hoje em dia, colabora regularmente.

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Tiago Miranda

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Nasceu em Lisboa, em 1978, cidade onde continua a viver. Com parte da infância e da adolescência passadas em Macau, foi lá que começou a estudar fotografia, estudos esses que continuou posteriormente em Lisboa, no IADE, enquanto frequentou também o curso de Design de Comunicação na Escola Superior Belas-Artes de Lisboa, onde se licenciou. Os seus projetos enquanto fotojornalista têm sido publicados na imprensa nacional e internacional sendo de destacar duas principais ligações de continuidade: inicialmente, na publicação Fazedores de Letras (jornal universitário da Universidade de Lisboa) e, mais tarde, no semanário Expresso, com o qual colabora desde 2005 e onde é fotógrafo residente.

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A exposição “Lisboa Ainda”, fotografias de Tiago Miranda, Pedro Nunes, Luís Miguel Sousa e José Fernandes, com poema de Manuel Alegre, curadoria de Rita Palla Aragão, está patente no Pavilhão Preto do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, ao Campo Grande, de 23 de julho a 20 de setembro de 2020.

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