ANTÓNIO BRACONS, PRAÇA DE S. MARCOS, VENEZA, 2019

.

.

.

Este slideshow necessita de JavaScript.

António Bracons, Praça de S. Marcos, Veneza, 08.2019

.

.

A Praça de S. Marcos, ou Piazza San Marco, como referem os locais, a única de Veneza (todas as outras são piazzales ou campos), desenvolve-se ampla frente à Basílica de S. Marcos. Foi construída no séc. IX, mas só em 1177 adquiriu a configuração atual. Tem 180 m de comprimento e atinge os 70 de largura, é “o mais belo salão da Europa”, de acordo com Napoleão. Sem dúvida, desde esse séc. XII – e até hoje – para quem chega à capital da República Veneziana, uma das muitas cidades estado que vieram a ser unificadas no que é hoje Itália, esta imagem é de grandeza, glória e poder.

A praça é limitada por um conjunto de edifícios com arcadas que definem uma contínua galeria comercial de luxo, com múltiplas ourivesarias, não faltando os cafés, como o Caffè Florian. Junto à Basílica, fica a Torre do Relógio de São Marcos, a Antiga Procuradoria, a Ala Napoleónica, a Nova Procuradoria, a Logetta e a Biblioteca Marciana, entre outras instituições.

Sobressai na Praça o Campanile, a alta torre, campanário da Basílica.

O Palazzo Ducale ou dos Doges, os governantes da Cidade Sereníssima, limita a Praça e situa-se frente ao Adriático e às pequenas ilhas, nem todas interligadas. Uma das mais próximas, à esquerda, acolhe a Basilica de Santa Maria della Salute; em frente a branca Igreja de San Giorgio Maggiore. O extenso cais é hoje povoado de gôndolas.

Duas colunas, marcando a entrada da cidade, mostram ao mundo S. Teodoro de Amásia, o antigo patrono da cidade, e S. Marcos, simbolizado pelo Leão Alado, atual patrono de Veneza.

Mais à frente, sobre o Rio del Palazzo, a Ponte dos Suspiros liga o Palazzo Ducale à Prigioni Nuove.

Os espaços são amplos e as pessoas muitas. A luz envolve o espaço. Estamos pouco acima do nível do mar e quando este sobe um pouco mais, a ‘acqua alta’, é o primeiro a inundar (em novembro e dezembro de 2019, a água ultrapassou aquela classificação e foram mesmo cheias).

Aqui, o olhar estende-se entre a imagem do poder e da grandeza daquela cidade única e do horizonte da lagoa, que se prolonga para lá das ilhas, onde o Adriático se funde com o céu.

.

.

.