ARTUR PASTOR, VINDIMAS, DÉCADAS DE 1950-60
.
.
.
Artur Pastor, Vindimas, décadas de 1950-60
.
.
.
Artur Pastor (1922-1999) pertenceu durante mais de 30 anos aos quadros da Direção Geral dos Serviços Agrícolas, onde foi responsável pela criação da Fototeca, sendo o autor de 10.000 fotografias que a compõem. Ao longo da sua vida, pela natureza do seu trabalho, e também nas férias, viajou e fotografou constantemente, registando o dia-a-dia da vida agrícola e das pescas, das produções e das paisagens. Colaborou com diversos organismos ligados à agricultura como as Juntas Nacionais do Azeite, do Vinho, das Frutas e a Federação Nacional dos Produtores de Trigo, para citar apenas alguns. Expôs e editou.
O seu espólio foi adquirido pelo Arquivo Municipal de Lisboa / Fotográfico, que tem promovido e divulgado o seu trabalho, tal como o filho Artur Pastor.
.
Como não podia deixar de ser, Artur Pastor fotografou também as vindimas, acompanhou a labuta nos socalcos, no caminho para a adega, as diferentes tarefas e preparativos. Imagens de uma vivência de séculos e que se manteve até há poucas décadas, quando o plástico substituiu o vime dos cestos; os tratores com atrelado, os carros de bois e as celha; as cubas de aço, os barris de madeira, e quantas coisas mais.
Setembro e outubro são os meses das vindimas: da apanha dos cachos, o transporte nos cestos de vime, à cabeça, vazados para as selhas nos carros de bois, são transportados para a adega, onde são pisados nas cubas e o mosto fica a fermentar. O vinho é então colocado nos pipos de madeira, onde estagia por uns meses, até ser engarrafado e rotulado.
E como diz a tradição popular, “até ao lavar dos cestos é vindima”.
.
.
.