VERGÍLIO CORREIA: UM OLHAR FOTOGRÁFICO

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António Bracons, Vergílio Correia: um olhar fotográfico, Aspetos da exposição, 2017

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Vergílio Correia Pinto da Fonseca (Peso da Régua, 19 de outubro de 1888 – Coimbra, 3 de junho de 1944), licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1911, mas destacou-se como historiador de arte, arqueólogo e etnólogo.

Vergílio Correia foi conservador do Museu Etnológico Português, de 1912 a 1916, sob a orientação de José Leite de Vasconcelos, e do Museu Nacional de Arte Antiga, entre 1916 e 1921, quando se dedicou à docência na Universidade de Coimbra, sucedendo a Teixeira de Carvalho, lecionando Estética e História da Arte, desde 1921, e, desde 1923, Arqueologia, na Faculdade de Letras da mesma Universidade, onde se veio a doutorar em 1935. Em 1939 assumiu o cargo de diretor do Museu Nacional Machado de Castro, e as funções de diretor da Brigada do Centro de Inventário Artístico Nacional da Academia Nacional de Belas Artes, sendo o responsável pelo Inventário Artístico do Distrito de Coimbra, postumamente editado pela Academia Nacional de Belas Artes, em 1947.

Fundou e dirigiu entre 1916 e 1927 a revista Terra Portuguesa: revista ilustrada de arqueologia artística e etnografia, de Lisboa, uma das principais contribuições para o estudo da Etnografia Portuguesa no período da I República e entre 1930 e 1933, a revista Arte e Arqueologia, de Coimbra, na qual promoveu a organização dos catálogos de Ourivesaria, Faiança, Tecidos e Bordados, em colaboração com António Nogueira Gonçalves. Entre 1915 e 1920 foi secretário de redação da revista Atlântida, de 1938 a 1944 dirigiu o Diário de Coimbra, na qual consagrou algum destaque à etnografia portuguesa.

No âmbito da sua atividade interveio como arqueólogo responsável na Villa Romana de Freiria, em 1912, na Anta de Pavia, no segundo quartel do século XX e das escavações arqueológicas do Oppidum de Conímbriga, entre 1930 e 1944, sempre a par do seu valioso contributo para o estudo da etnografia portuguesa, particularmente a arte popular.

A 3 de Abril de 1920 foi agraciado como Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Pertenceu à Academia Nacional de Belas-Artes, à Academia Portuguesa da História, ao Instituto Arqueológico Alemão e à Academia de História de Madrid.

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Folha de sala, com a descrição das fotografias expostas (em moldura), frente e verso.

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As fotografias apresentadas são sobretudo etnográficas e de história da arte. Além das imagens de maior dimensão, ampliadas e emolduradas, que a folha de sala identifica de forma descritiva (acima), em expositores apresentam-se pequenas provas de época, um álbum com provas em pequena dimensão das fotografias para o Inventário Artístico do Distrito de Coimbra, vendo-se imagens de Ançã e de outras freguesias próximas. É possível ver ainda um conjunto de fotografias no site (?) da DGARQ / ANTT.

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A exposição Vergílio Correia (1888-1944): um olhar fotográfico está patente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, de 9 de junho a 7 de outubro de 2017 (inicialmente até 28 de setembro), foi organizada a partir do seu arquivo documental e fotográfico de Vergílio Correia, pelo ANTT em colaboração com o Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o Centro de Estudos Vergílio Correia, a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova , a Associação Ecomuseu de Condeixa  e a  Academia Nacional de Belas Artes.

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Em 26.02.2018 acrescento:

O ARQUIVO VERGÍLIO CORREIA no ANTT está finalmente  disponível online. O catálogo do riquíssimo Fundo Vergílio Correia (1888-1944), depois do tratamento exemplar e metódico a que foi sujeito e dos estudos de conteúdos com resultados que originaram uma Jornada de Estudos, em Setembro passado (com actas no prelo) e a importante exposição de fotografia que acima dou notícia e que se encontra em itinerância no país.

Pode ser consultado aqui.

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