MANTER (CIT.), BERND BECHER
10 anos da morte de Berndard “Bernd” Becher (Siegen, Alemanha, 20 de agosto de 1931 – Rostock, Alemanha, 22 de junho de 2007)
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… percebi que esses edifícios [altos fornos] eram uma espécie de arquitetura nómada que tinha uma vida relativamente curta – talvez 100 anos, muitas vezes menos, e então desaparecem. Parecia importante mantê-los de alguma forma e a fotografia parecia ser a maneira mais apropriada para o fazer.”
Bernd Becher
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Bernd e Hilla Becher, Blast Furnaces [Altos fornos]
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Bernd e a sua esposa, Hilla Becher, trabalhando em equipa, produziram ao longo da sua vida um levantamento da arquitetura e da arqueologia industrial. Fotografaram de forma sistemática, de um mesmo ponto de vista, frontal, exato, sobretudo equipamentos industriais: altos-fornos, depósitos de água, elevadores de minas e quantas outras estruturas que, pela sua vida útil, são efémeras, como casas de enxaimel, além de fotografarem as paisagens industriais (“Industrial Landscapes”): minas, siderurgias, etc.
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Bernd and Hilla Becher, Auto-retrato, 1985
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O trabalho e os ensinamentos de Hilla e Bernd Becher, que desde 1976 foram professores de fotografia na Dusseldorf Art Academy, criou o que ficou conhecido como a Escola de Dusseldorf, a qual veio a influenciar gerações de importantes fotógrafos alemães, como: Thomas Struth, Thomas Ruff e Andreas Gursky, Candida Hofer, Petra Wunderlich, Axel Hutte, Elger Esser e Laurenz Berges, entre tantos outros. Criaram também a fábrica de imagens, Grieger Lab, onde os artistas descobriram o potencial técnico da fotografia de grande formato; hoje o Grieger Lab produz grandes impressões para mais de 150 artistas em todo o mundo.
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