ANTÓNIO BRACONS, MOINHOS DA TRAMAGA, PONTE DE SOR, 2012

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António Bracons, Moinhos da Tramaga, Ponte de Sor, 2012

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Próximo de Ponte de Sor, junto à Tramaga, situa-se um moinho de água, dos alguns ainda existentes.

Os moinhos de água de rodízio marcam a paisagem de alguns dos principais cursos de água do concelho de Ponte de Sor, sobretudo das Ribeiras de Sor e de Longomel desde, pelo menos, meados do século XIII e mantiveram um papel económico e social ativo até à segunda metade do século XX. Estão enquadrados numa paisagem verdejante, junto aos respetivos açudes, essenciais para que as águas ganhassem a força suficiente para fazer girar os rodízios.

Os moinhos consistiam num bem imóvel, frequentemente aforado ou arrendado pelos seus proprietários a terceiros que estivessem interessados em explorá-los. Assim aconteceu em vários casos no concelho de Ponte de Sor. Em 1889, são arrendados o Moinho da Pontinha e o Moinho Novo, ambos localizados junto à Ribeira de Sor, com casas e hortas anexas e pertencentes ao grande proprietário local Francisco Vaz Monteiro; os arrendatários eram casais, que pagavam rendas anuais em géneros, mais concretamente, trigo, milho e centeio. Por seu turno, os moleiros recebiam como paga 10% da farinha que moíam. Estes últimos são dois dos três moinhos conhecidos como «de Tramaga», localidade do concelho de Ponte de Sor que lhes fica próxima; o terceiro, localizado mais a montante, é o Moinho da Sobreira, cuja envolvente natural era um espaço privilegiado de passeio e lazer, incluindo prática balnear e de pesca, de habitantes de Ponte de Sor e de regiões vizinhas, no início do século XX. Os «Moinhos de Tramaga» ainda hoje existem, embora apenas o Moinho Novo esteja devidamente preservado.

Para se ter ideia da importância dos moinhos, de acordo com um relatório oficial do Ministério da Economia, de 1952, existiam no município 45 moinhos de água, sendo 27 na freguesia de Ponte de Sor, 17 na de Montargil e apenas 1 na de Galveias, apetrechados na totalidade com 113 casais de mós, moíam anualmente cerca de 615 toneladas de milho, 250 de trigo e 33 de centeio; todos laborando mais de 200 dias no ano e, quatro deles, mais de 300 dias.

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Texto elaborado com base em informação do Turismo de Ponte de Sor. Pode conhecer mais sobre os moinhos de água deste concelho aqui.

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