MONTEIRO GIL, OLHOS NOS OLHOS, GALERIA DIFERENÇA, 2016

 

 

 

 

 

 

Monteiro Gil pertence ao grupo de fotógrafos que desenvolveram uma parte significativa do seu trabalho ligados à Cooperativa Diferença, e que incluía, entre outros, Fernando Curado Matos, Luís Azevedo, Alberto Picco e Agostinho Gonçalves.

 

 

António Bracons, Monteiro Gil, Galeria Diferença, 2016

 

 

Durante a década de 1990 e primeira metade da década seguinte, construíram um vasto e muito interessante trabalho: além de projetos individuais, formaram o Grupo Iris (1992-97), que expôs e publicou, entre outros, “Prata Negra” (Fim de Século Ed., 1992), “As Pedras e o Tempo” (Cooperativa Diferença, 1993), “Lisboa Qualquer Lugar – Lisboa Qualquer Lisboa” (Cooperativa Diferença, 1994) e “Made in U.S.A. – Impressões de Viagem” (Cooperativa Diferença, 1996).

 

 

Vários livros / projetos de Monteiro Gil ou com a sua participação

 

 

Desenvolveram ainda outros trabalhos de grupo, como “Tajo / Tejo – Doze Objectivos Fotográficos” (promovido pelo Ministério da Cultura de Espanha, por ocasião da EXPO’98, 1998), com a participação de 6 fotógrafos espanhóis e outros tantos portugueses, “Um País de Longínquas Fronteiras” (Câmara Municipal da Guarda, 2000), “Um (e)terno olhar – Eduardo Lourenço, Vergílio Ferreira e a Guarda” (Centro de Estudos Ibéricos, 2008) ou “Leite, cardo e mãos frias – O queijo da Serra da Estrela no concelho da Guarda” (Câmara Municipal da Guarda, 2009). Monteiro Gil e Curado Matos integraram estes projetos, outros autores pontualmente.

Na sequência destes trabalhos, foi também desenvolvido um sobre Moçambique: em Julho e Agosto de 2002, Monteiro Gil, Curado Matos e Luís Azevedo percorreram uma faixa de cerca de 200 por 500 Km compreendida entre a Ilha de Moçambique, Nacala, Memba (no litoral) e Gurué, Lioma, Mutuáli (no interior), fotografando o ambiente, a paisagem e as pessoas. Contudo, por diversas razões, nomeadamente a falta de apoio, este projeto não havia ainda sido apresentado nem publicado.

 

 

 Monteiro Gil, série Olhos nos olhos, 2002/2016

 

“Na exposição “Olhos nos Olhos” são apresentados 30 retratos escolhidos de um conjunto de algumas centenas recolhidos em Moçambique … Foram retidos para escolha apenas os retratos em que os retratados olham diretamente para o autor (objetiva da câmara). Trata-se portanto de retratos consentidos, por vezes mesmo solicitados que testemunham uma atitude face ao fotógrafo muito diversa da dos europeus ou americanos. Foi este “olhar nos olhos” que despoletou no autor a vontade de realizar esta série.”

Olhares de crianças, homens e mulheres, em lazer ou nas suas atividades, vindos da pesca ou vendendo ou comprando no mercado, nos seus trabalhos quotidianos, da apanha do algodão ou do fabrico de tijolos. Olhares serenos, descontraídos, despreocupados, no dia-a-dia quotidiano, em poses naturalmente criadas pelos fotografados.

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Retrato e auto-retrato

Monteiro Gil, Série Olhos nos Olhos, 2002/2016 – Aspeto da exposição

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Monteiro Gil, Série Olhos nos Olhos, 2002/2016

Habitualmente, além da fotografia em diapositivo, tirava também uma Polaroid, que oferecia e que eles chamavam de “fotografia urgente”.

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A exposição está patente na Galeria Diferença, na Rua S. Filipe Néri, 42, cave, em Lisboa, de 13 de fevereiro a 12 de março de 2016.

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Relativamente à informação técnica, GIL refere que:

“Olhos nos Olhos” é um trabalho analógico realizado com câmaras Contax G2 e objetivas Carl Zeiss 35, 45 e 90 mm.
Os diapositivos Fuji RDP III e RHP III foram digitalizado pelo autor num scaner 35 mm Nikon Super Coolscan 5000 ED e posteriormente impressos por Cretive4U em jacto de tinta com tintas Epson UltraChrome K3 sobre papel Luster 200gr aplicado em PVC expandido de 5mm.”

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