ANTÓNIO JÚLIO DUARTE, JAPAN DRUG, 2014

 

 

 

António Júlio Duarte

Japan Drug

Fotografia e texto de António Júlio Duarte

Lisboa: Pierre von Kleist Editions / 2014

Inglês / 18.5 x 26.5 cm / 136 págs.

Brochura / 600 ex., numerados e assinados pelo autor

ISBN: 9789899776357

 

 

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“Japan Drug”. O nome está no toldo publicitário da loja, na fotografia da capa do livro.

Abro. Na primeira página, uma fotografia, uma serpente enrolada, uma montra (?).

Passo a folha. Sobre o branco, o nome do autor a preto, na página contígua, sobre o preto, o título do livro, a branco.

Folheio. As fotografias sucedem-se, sempre o formato quadrado, ocupando a parte superior da página, a mancha perfeitamente definida, o espaço branco da folha ladeando a fotografia. As fotografias sucedem-se, página após página. Quase ao fim, uma página pontual em branco faz uma pausa na sequência, que prossegue.

Drug. Droga; insignificância. Prefiro a segunda: Insignificâncias Japonesas.

Folheio lentamente. Olho cada imagem. Cada conjunto / par de imagens. As fotografias mostram momentos, aspetos, instantes, de uma cidade, de um país diferente. Sucessivamente. Como quem passeia e observa e se maravilha e regista. A paisagem, o lugar, as pessoas, o ambiente. Pequenos detalhes, pormenores, insignificâncias em cada imagem. Como os papagaios de papel, que não vemos, mas apenas as pessoas que os manobram. Ou o motorista que aguarda a vez de avançar, o braço pendente no exterior do carro… O dia-a-dia, o banal, o quotidiano.

E depois de passarem os comboios, passam as pessoas e os carros e as bicicletas, muitas bicicletas. Cada um segue o seu caminho.

Folheio. Não há mais fotografias, em branco. Apenas na parte inferior, uma pequena explicação (tradução minha):

 

Era 1997 e o novo milénio estava iminente, podia-se sentir a antecipação tensa sobre o que viria a seguir. Eu estava sozinho no Japão, um lugar a que eu nunca tinha ido. Durante o dia eu saía à procura de meu próprio sentido de lugar, fotografando, explorando noções de centro, um lugar de convergência, como o mundo se expandiu diante de mim no seu curso incerto. Muitos anos se passaram e eu senti a necessidade de voltar a estas imagens. O Milénio está já muito longe, mas a vertigem de incerteza ainda é difícil de desaparecer.

António Júlio Duarte

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 António Júlio Duarte, Japan Drug

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