ANTÓNIO BRACONS, CABO CARVOEIRO, PENICHE, 2015 – II
O Cabo Carvoeiro é o ponto mais ocidental da península de Peniche.
Quem chega por estrada, avista o farol, presença dominante, essencial à navegação.
As rochas estão esculpidas pelo Atlântico e pelo vento, em lapiás únicos.
Junto, a Nau dos Corvos é uma rocha que sobrevive à erosão, ao mar e ao vento. Eleva-se sobre uma plataforma de rocha. Junto, algumas rochas caídas erguem-se do mar. Os corvos de crista vermelha fazem da Nau a sua casa. E dão-lhe o nome.
Ao longe, o arquipélago das Berlengas sobressai do mar e do céu.
As gaivotas marcam a sua presença, fazem seu o espaço inebriante de azul e maresia.
Há uma sensação, quando se olha o mar amplo, desde estas rochas ou do miradouro: aqui estamos, “onde a terra acaba e o mar começa”, como tão bem sentiu Fernando Pessoa: o infinito, o mais além, sonhar, partir, ir mais além…
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