PEDRO E INÊS, ALCOBAÇA, 2010

Fotografia de António Bracons.

.

.

.

Passada estão tão próspera vitória,

Tornado Afonso à Lusitana Terra,

A se lograr da paz com tanta glória

Quanta soube ganhar na dura guerra,

O caso triste, e dino da memória

Que do sepulcro os homens desenterra,

Aconteceu da mísera e mesquinha

Que despois de ser morta foi Rainha.

.

Estavas, linda Inês, posta em sossego,

De teus anos colhendo doce fruito,

Naquele engano da alma, ledo e cego,

Que a Fortuna não deixa durar muito,

Nos saudosos campos do Mondego,

De teus fermosos olhos nunca enxuito,

Aos montes ensinando e às ervinhas

O nome que no peito escrito tinhas.

.

Do teu Príncipe ali te respondiam

As lembranças que na alma lhe moravam,

Que sempre ante seus olhos te traziam,

Quando dos teus fermosos se apartavam;

De noite, em doces sonhos que mentiam,

De dia, em pensamentos que voavam.

E quanto, enfim, cuidava e quanto via

Eram tudo memórias de alegria.”

Luís Vaz de Camões, Os Lusíadas, Canto III, 118, 120-121

.

.

O grande amor imortal de D. Pedro e Inês de Castro tem o seu testemunho na igreja do Mosteiro de Alcobaça, onde os seus túmulos se encontram, um de cada lado do transepto: D. Pedro do lado direito e D. Inês do lado esquerdo, virados um para o outro de modo a que, quando se erguerem no Juízo Final, os seus olhares se encontrem.

.

.

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (1)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (2)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (3)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (4)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (5)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (6)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (7)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (8)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (9)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (10)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (11)

Alcobaça-PedroInes-2010-FotAntonioBracons (12)

.

.

.