ENSAIO SOBRE A BIBLIOTECA – BIBLIOTECA MUNICIPAL JOSÉ SARAMAGO, LOURES, 2012

 

 

A Biblioteca é, por definição, o espaço, a casa dos Livros. É o local onde estes se encontram, devidamente arrumados e catalogados, em depósito ou para consulta, acessíveis ou não ao público.

Os livros são o papel impresso, a preto ou a cores, imagens e ou texto, brochura ou cartonado, com ou sem caixa ou sobrecapa. Pega-se, sente-se o peso, o volume, a textura, o cheiro, o objeto. Abre-se, folheia-se, respira, respira-se, vê-se, lê-se… Os livros são também o ficheiro digital que se abre num computador ou e-reader, ou o CD que se ouve, um áudio livro.

Uma biblioteca é, por natureza, um espaço acolhedor. Onde se está bem, se gosta de estar.

A Biblioteca Municipal José Saramago (BMJS) é um espaço amplo, aberto, luminoso, uma caixa, de betão e vidro e madeira, de cores, de tesouros, de luz.

O betão representa a solidez, a perenidade dos livros que conserva: o que é publicado permanece nas múltiplas cópias de uma ou mais edições, em qualquer momento pode ser lido, consultado, pode ser encontrado na estante de cada um, numa ou outra livraria, num alfarrabista… numa Biblioteca. O vidro representa o transparente, que deixa ver, o luminoso: do exterior, deixa entrar a luz, antever o interior, adivinhar o espaço; no interior é a ponte, a ligação, uma visão do exterior, do real: das árvores e do céu e do espaço e das pessoas que passam e do horizonte mais afastado; para além dos sonhos, das viagens, dos mistérios, do conhecimento… que os livros partilham. A madeira é o material natural, transmite calor e conforto, a entrada acolhedora e convidativa, alguns elementos, parte das estantes… E é da madeira que é feito o papel de que são feitos os livros.

As cores da Biblioteca. Para além do cinzento do betão e das cores naturais das madeiras, ressaltam no interior as cores fortes e intensas e uniformes que preenchem vastos painéis, sem se misturar, configurando os espaços: o vermelho intenso e o laranja forte, o azul profundo e o verde denso, o amarelo suave e o branco sereno. Como as tintas de impressão de um livro que se folheia.

Quem entra, desloca-se, vê, procura, encontra, senta-se a ler, a ver ou ouvir: um livro, um jornal ou revista, um filme ou música. Adultos, jovens ou crianças, todos têm um espaço que lhes é especialmente dedicado, aberto, amplo.

Além dos espaços dos livros, e outras publicações, a BMJS acolhe um auditório, interior e intimista, a cafetaria, através dos panos de vidro, abre-se ao fronteiro Arquivo Municipal e ao horizonte urbano e rural do município.

Para além dos olhos dos leitores, o espaço dos que trabalham na Biblioteca, que a fazem funcionar: registam e gerem os livros, organizam as atividades e exposições; o depósito, onde se arrumam milhares de obras, provenientes de aquisições e doações, que não cabem na sala de leitura, mas que fazem parte do espólio e não deixam de estar disponíveis.

À Biblioteca, inaugurada em 30 de Novembro de 2001, foi dado o nome do escritor José Saramago (1922-2010), galardoado com o Prémio Camões em 1995 e com o Prémio Nobel da Literatura em 1998. Em 1985, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e, em 1998, com o respetivo Grande-Colar. Das obras que escreveu, destacam-se, entre outras: Memorial do convento (1982), A jangada de pedra (1986), Ensaio sobre a cegueira (1995), Todos os nomes (1997), Ensaio sobre a lucidez (2004), A viagem do elefante (2008), Clarabóia (2011).

 

 

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O Autor agradece a Rui Carvalho o apoio no tratamento digital das imagens.