O GRANDE HOTEL DE LUSO, 2014
O Grande Hotel de Luso alia o fascínio do “Grande Hotel” com a serenidade da natureza – a Mata do Buçaco fica a escassas centenas de metros –, envolvido pelo verde vivo e intenso, ponteado pelo casario pitoresco da vila, com a descontração e serenidade proporcionada pelos seus espaços: desde o hall, os corredores, as salas para leitura ou conversa, o conforto das cores quentes e acolhedoras dos quartos, a sala de jantar, onde se destaca a pintura mural de San Payo, representando os trajes e atividades tradicionais, o bar com vista sobre a piscina olímpica, outrora justamente apelidada de Piscina Monumental do Luso, com as suas pranchas de saltos, as piscinas quentes…
Estive no Grande Hotel em família, para um tempo de pausa e descanso, que o hotel acolhe de modo especial, com atividades para os mais pequenos, permitindo que estes desfrutem de uma estadia “cheia de alegria, companheirismo e diversão”, que se sente na vivência destes – e até dos maiores – que se reencontram ano após ano.
Inaugurado em 27 de julho de 1940, o então Grande Hotel das Termas de Luso foi construído na sequência de decisão em Assembleia Geral Extraordinária, em 1937, depois de dois anos de estudos e projetos, sendo presidente do Conselho de Administração o Dr. Bissaya Barreto (1931 a 1959).
O projeto é do arquiteto Cassiano Branco (1897- 1970), considerado por muitos “a personalidade mais poderosa e inventiva do modernismo [português], mas também versátil entre a linguagem moderna e o estilo tradicional”. O hotel foi remodelado recentemente, com projeto do Atelier Reimão Pinto, respeitando a identidade modernista, “utilizando apontamentos Art Déco e valorizando a singularidade da sua arquitetura”.
As suas linhas curvas, janelas e varandas, de uma harmonia graciosa, fazem-no um centro da vila e da sua envolvente: o complexo termal, a que naturalmente encontra-se interligado. Além de salas de conferências e congressos; junto fica o Centro de Treinos/Estágios do Luso – Mealhada, que é um Centro Oficial de Treinos de múltiplas modalidades.
Entremos no Grande Hotel…

































Fantásticas as fotografias. O realce das curvas modernistas de Cassiano Branco, nas escadas, varandas, hall…revelam bem as linhas dessa época…diria mesmo que Poirot se sentiria aí muito bem