CATARINA NOGUEIRA, RAIZ

Integrou a exposição “Action for a Green Future II”, do IMAGO LISBOA Photo Festival, esteve patente no Imago Garage, em Lisboa, de 27 de setembro a 26 de outubro de 2024.

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O projeto apresenta a natureza como espaço primordial, de encontro e comunhão com a nossa origem, um lugar que nos orienta para um equilíbrio, para uma integridade inata. Na conexão com o mundo natural encontramos um sentimento de pertença, uma ligação ancestral, uma espécie de ninho e um desejado caminho de retorno a casa.

O encontro com a natureza, permite ainda ao humano alimentar uma relação com os seus silêncios e solidão – uma fonte natural de equilíbrio, criatividade e inspiração. Este “andar descalço”, em contacto com a matéria primordial, é imprescindível para um sentido de totalidade e de realização do ser.

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Catarina Nogueira, Raiz

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António Bracons, Aspetos da exposição, 2024

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A série de Catarina Nogueira, “Raiz”, integrou a exposição “Action for a Green Future II”, do IMAGO LISBOA Photo Festival, com curadoria de Rui Prata, patente no Imago Garage, na Rua do Vale de Santo António, 50 C, em Lisboa, de 27 de setembro a 26 de outubro de 2024 (inicialmente prevista até 2 de novembro).

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Sobre a série “Action for a Green Future II”, escreve o curador, Rui Prata:

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Ação para um Futuro Verde pretende ser mais um alerta contra a rápida degradação do planeta. Enquanto as políticas e comportamentos das atuais sociedades não forem revertidas em direção a um futuro mais sustentável, nunca serão demais as chamadas de atenção nesse sentido. Importa combater o aquecimento global através de atitudes que conduzam à redução dos gases de efeito estufa e promover hábitos de maior sustentabilidade essenciais às atividades humanas.

A presente exposição inicia-se por uma relação poética entre natureza e humanidade. São imagens de proximidade e intimidade que Catarina Nogueira partilha com o observador numa esperança de caminharmos para um futuro mais feliz. Porém, esse desejo é interrompido pelo rasto de destruição provocado pelo furacão Mitch, nas Honduras. Resultante das alterações climáticas, os fenómenos naturais de extrema violência são cada vez mais frequentes.

Por seu lado, Roberto Fernández cria, a partir de gráficos científicos, uma cenografia sobre o degelo no Ártico e Antártico, que terá um impacto desastroso com a subida dos oceanos e o desaparecimento de muitas povoações costeiras.

Através de “The Heavy Loads of Our World”, Remco de Vries convida o espectador a refletir sobre os hábitos excessivos de consumo das atuais sociedades, que contribuem não só para um esgotamento das matérias-primas, mas também para uma elevada poluição na sequência da necessidade massiva de transporte.

Por seu lado, José Artur Macedo, alerta-nos para as questões da seca no Alentejo. As tradicionais culturas de sequeiro têm, paulatinamente, e por razões meramente económicas, vindo a ser substituídas por monoculturas absorvedoras de grandes quantidades de água e que agravam profundamente a situação.

Finalmente, Micael Espinha, elabora uma ficção sobre um possível impacto das alterações climáticas na paisagem Lisboeta. A capital torna-se um território despovoado com uma crescente desertificação.

Face ao agravar crescente das condições ambientais, todos, ainda que em pequena escala, devemos contribuir para um futuro mais verde. Reduzir o consumo de eletricidade, água e combustíveis fósseis, desenvolver hábitos de reciclagem, são pequenas atitudes que o planeta agradece.

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Pode ver a agenda das exposições e eventos do IMAGO LISBOA Photo Festival 2024, no FF, aqui.

Pode ver mais sobre o IMAGO LISBOA Photo Festival 2024, no seu site, aqui.

Sobre outras exposições (dos vários anos), no FF, aqui.

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Cortesia: IMAGO LISBOA Photo Festival.

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