CARLA DE SOUSA, TOPOGRAFIAS
Exposição em Leiria, na Livraria Arquivo, de 5 de outubro a 18 de novembro de 2023.
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Escreve a artista:
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A topografia representa, no papel, a configuração de um terreno com todos os acidentes que tem à superfície. E desenhar num mapa topográfico todos os seus abismos, planícies e acidentes naturais e/ou artificiais é atribuir-lhes relevo e tridimensionalidade. É esse exercício epidérmico que busco em topografias, como se a imagem nos pudesse tocar e nós a pudéssemos sentir. Sente o que vês é uma premissa táctil de quem observa, contempla, bebe, sorve, toca e se inebria na exploração dos sentidos que o olhar proporciona, assumindo-se como uma experiência cinestésica do ser, do outro e do mundo.
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Este projecto deriva do “Cartografia para um beijo” (que foi exposto em 2019, no cofre do BAG, em Leiria) e vem sendo desenvolvido, desde 2012, nesse corpo de obra, a par do Breviário do Decoro (Instantes, Festival Internacional de Fotografia de Avintes, 2021), do “Avesso do Quotidiano” e de “Um lugar sem lugar”, autonomizando-se como narrativa poética e cinestésica do olhar/tacto.
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Carla de Sousa, Topografias
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A exposição de Carla de Sousa, “Topografias”, está patente em Leiria, na Livraria Arquivo, na Av. Combatentes da Grande Guerra, 53, de 5 de outubro a 18 de novembro de 2023 (inicialmente até 04.11).
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Carla de Sousa Natural de Luanda, Angola, onde nasceu em 1974, vive e trabalha em Leiria. Licenciada em direito, advogada há mais de 20 anos, encontrou na fotografia a sua forma principal de expressão artística, explorando, através das suas imagens, a poesia do quotidiano, detalhes minimalistas, estudos de luz, auto-retrato e auto-representação.
A sua fotografia fala na primeira pessoa, sendo que não procura a reprodução do real, mas antes a melhor tradução do seu mundo interior.
O seu trabalho vem, desde 2013, sendo exibido em várias exposições, individuais e colectivas, em Portugal e, no estrangeiro, designadamente, Itália, Espanha, Finlândia e Noruega e vem também integrando várias publicações individuais e colaborativas, das quais se destacam, em 2018, “Desimaginar o Mundo, Descriá-lo”, AAVV, edição Faculdade de Belas Artes de Lisboa, comemorativa do 75º aniversário de António Manuel Pina; em 2019, o ensaio “Cartografia para um beijo”; em 2021, o trabalho colectivo pandémico de “O meu amor não cabe num poema” que conta com o seu ensaio “O poema indizível”; e, mais recentemente, em 2022, deu corpo de imagens cénicas ao monólogo de Marta Duque Vaz, “O Lado Esquerdo”.
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Pode ver no FF, sobre “o meu amor não cabe num poema”, aqui e sobre “O breviário do decoro”, aqui.
Cortesia: Carla de Sousa.
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