LEWIS CARROLL E ALICE [LIDELL], NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Em 14 de janeiro completaram-se 120 anos da morte de Lewis Carroll – Charles Lutwidge Dodgson (Daresbury, Cheshire, Reino Unido, 27 de janeiro de 1832 – Guildford, Surrey, Reino Unido, 14 de janeiro de 1898)

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Lewis Carroll nasceu em Daresbury, Cheshire, no Reino Unido, a 27 de janeiro de 1832.

Lewis Carroll é o pseudónimo de Charles Lutwidge Dodgson, um reverendo anglicano, que se distinguiu como romancista, poeta, desenhador, matemático e fotógrafo.

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Oscar Gustave Reijlander, Lewis Carroll (Ver, Charles L. Dodgson), March. 28, 1863.

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Em Janeiro de 1851, ingressou na Universidade de Oxford, onde cursou matemática, vindo a ser professor dessa disciplina no Christ College, em Oxford.

Carroll tinha a paixão da fotografia. Começou a fotografar nos anos de 1850, com o surgimento das chapas de colódio húmido. Fotografou ao longo de 24 anos, realizando cerca de 3.000 imagens, grande parte no seu estúdio. Fotografava pessoas, particularmente crianças, nomeadamente meninas, filhas de amigos e familiares. Fotografou também paisagens e objetos.

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Lewis Carroll, Flora Rankin, Irene MacDonald, and Mary Josephine MacDonald at Elm Lodge, 07.1863

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Lewis Carroll, Irene MacDonalds, 1863.1863

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Lewis Carroll, Carroll com os filhos do seu amigo e autor, George MacDonald, 1860s

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Foi como autor de contos e poemas, que obteve a consagração, particularmente com os livros Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho, obras que ainda hoje entusiasmam crianças e adultos. (Alice do Outro Lado do Espelho foi inspiradora da exposição “Do Outro Lado do Espelho”, patente na Fundação Gulbenkian até 05.02.2018, ver aqui).

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Lewis Carroll, Edith (esq.), Lorina (centro) e Alice (dir.) Liddell, 1860

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A história de Alice no País das Maravilhas tem a sua origem em 1862, quando Carroll fazia um passeio de barco no rio Tamisa com a menina de 10 anos, Alice Pleasance Liddell (1852-1934) e as suas duas irmãs, Edith e Lorina, filhas do reitor da Christ Church, amigo da família. Começou a contar uma história que deu origem à atual, sobre uma menina chamada Alice que ia parar a um mundo fantástico após cair numa toca de um coelho. A Alice da vida real gostou tanto da história que pediu que Carroll a escrevesse…

Alice Lidell foi precisamente uma das suas modelos, das meninas que mais fotografou.

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Lewis Carroll, Alice Lidell, 1858

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Lewis Carroll, Alice Lidell, 1860’s

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Cerca de 1880, quando o processo de colódio húmido, que dominava, foi substituído pelo colódio seco, Carroll abandonou a fotografia.

Alice Lidell viria a ser uma das musas de Julia Margaret Cameron que, tendo ela 20 anos, entre agosto e setembro de 1872, tirou-lhe mais de 12 fotografias, como Ceres ou Pomona, a deusa romana da natureza e da fertilidade; fotografou-a também como Santa Agnes, padroeira dos jardineiros e símbolo da castidade – papel que parece mais agradar a Alice, ou Alethea, que significa verdade.

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Julia Margaret Cameron, Ceres (Alice Liddell), August – September, 1872

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Julia Margaret Cameron, Pomona (Alice Liddell), August – September, 1872

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Julia Margaret Cameron, St. Agnes (Alice Liddell), August – September, 1872

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Julia Margaret Cameron, Alethea (Alice Liddell), August – September, 1872

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Lewis Carroll faleceu em Guildford, Surrey, no Reino Unido, a 14 de janeiro de 1898.

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